quarta-feira, março 11, 2009

campanha carimbó patrimônio cultural brasileiro



O Carimbó é o gênero musical tradicional mais conhecido do Pará, cuja manifestação ocorre há mais de dois séculos em quase todas as regiões do Estado, sendo considerado um elemento fundamental da identidade cultural da região povo. Resultado da formação histórica e cultural das populações da Amazônia, sua perenidade e resistência deve-se principalmente a processos de transmissão oral e a modos de vida tradicionais preservados pelas comunidades do litoral e do interior paraoara.

A Campanha “Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro” é uma iniciativa que busca envolver e mobilizar a sociedade em torno da valorização e do reconhecimento do Carimbó como expressão importante da cultura brasileira. Organizada por grupos de carimbó e entidades culturais de vários municípios, esta Campanha faz parte do processo iniciado pela Irmandade de Carimbo de São Benedito junto ao IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – para registrar o Carimbó Paraense como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

É importante ressaltar o apoio desta iniciativa pelo Governo do Estado, através da SECULT e suas fundações, em especial a Fundação Curro Velho, afirmando assim o seu compromisso com as diretrizes da 1ª Conferência Estadual de Cultura que aprovou uma moção de apoio ao processo de registro do carimbó como patrimônio cultural brasileiro.

Por que organizar uma campanha para registrar o carimbó?

Entre tantas manifestações integrantes deste grande mosaico que é a cultura brasileira, o Carimbó tem se destacado por sua importância artística, cultural, ambiental, histórica e social. Desde os primórdios da cultura popular na Amazônia, são inúmeras as obras de Carimbó que não possuem registro, são inúmeros casos de produções musicais, saberes e trajetórias de vida de grande relevância para a história da cultura nacional que sobrevivem somente na memória coletiva de nossos mestres e seus descendentes.

O registro do Carimbó como bem cultural de natureza imaterial significa um importante passo para garantir sua preservação e seu reconhecimento como patrimônio cultural, elemento essencial e definidor da identidade regional. O registro se faz necessário diante do acelerado processo de desagregação social e homogeneização cultural que atinge a região amazônica, onde as culturas nativas e tradicionais vem sendo velozmente atropeladas pelos produtos culturais da modernidade capitalista, o que ameaça a diversidade e as identidades próprias dos povos desta região.

O caminho do carimbó atualmente

O carimbó hoje busca o seu reconhecimento mais amplo, mais profundo, lutando para afirmar sua importância para toda a sociedade brasileira. Hoje os grupos estão buscando se articular de forma mais coletiva, compartilhando compromissos e idéias, aprendendo a trabalhar juntos respeitando toda a diversidade que existe dentro do carimbó. Há também um caminhar mais forte no sentido da autonomia e protagonismo das comunidades e dos seus grupos, uma necessidade concreta de unidade e organização para conquistar cada vez mais espaço e reconhecimento.

TRIO MANARI

sábado, março 07, 2009

CURRO VELHO AINDA INSCREVE PARA OFICINAS

Estão abertas as inscrições para O Grupo Cênico da Fundação Curro Velho. Jovens de a partir de 16 anos, que possuem iniciação teatral, podem fazer parte dessa iniciativa artístico-social. As artes cênicas, trabalhadas enquanto linguagem artística, possibilitam às crianças o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade e estímulo dos movimentos.

Esse trabalho feito pela fundação, por meio de oficinas na área da linguagem cênica, atende crianças, adolescentes, jovens e adultos. Esses exercícios envolvem a interpretação, concentração e expressão vocal do ator. Conhecer a área teatral envolve também a história do teatro e comentários sobre autores teatrais, além de exercícios espontâneos sobre a temática. Na construção do teatro, além da interpretação, os alunos poderão construir bonecos para teatro e representar através da manipulação.

O Grupo Cênico surgiu em junho de 2003, a partir do anseio de jovens que descobriram, por meio do teatro, da dança e da música, uma possibilidade de formação cênica mais continuada. Dessa forma, por meio de montagem de espetáculos, os jovens podem ter uma experiência de amadurecimento no trabalho com a linguagem cênica como veículo de crescimento pessoal, artístico e social.

Em quase seis anos de existência, o Grupo Cênico montou vários espetáculos de grande importância e repercussão na cidade, entre eles "A roupa nova do imperador", em 2003, "Quando os caramujos vão ao funeral", em 2004, "Clik, um jogo de idéias", versões em 2004, 2005 e 2006, "Nós na fita", em 2006, "Folias do amor e Severino de Maria", em 2007, e o mais recente "Sessenta e Oito", em 2008. Desde 2007, o Grupo Cênico vem renovando a sua prática cênica, convidando jovens provenientes de diferentes comunidades e projeto sociais, democratizando cada vez mais a participação desses protagonistas da cena social.

Serviço - As inscrições para as oficinas do Grupo Cênico da FCV já estão abertas e são gratuitas. O curso terá início na próxima segunda-feira (9), de 18h30 às 20h30. As aulas são diárias e ocorrem na sede da Fundação Curro Velho, na rua Professor Nelson Ribeiro, 287, no final da travessa Djalma Dutra, bairro do Telegráfo. Informações: 3184 9112. (Ascom/Curro Velho)

PEDOFILIA: Crianças pobres são alvos mais fáceis

Crianças de famílias pobres podem ser alvo mais fácil de pedófilos porque sofrem várias formas de carência social e individual. Segundo o coordenador do programa Campanha Mato Grosso do Sul contra a Pedofilia, Angelo Motti, esse panorama foi, por exemplo, encontrado nos casos de abuso sexual que podem ter vitimado cerca de 40 crianças na cidade de Catanduva, interior de São Paulo.

“São pessoas menos protegidas pela informação e que podem se subjugar ao outro pela necessidade de subsistência. Elas também têm necessidade de ser conhecidas e sofrem com a carência de identidade”, descreveu o psicólogo, em entrevista à Agência Brasil.

Motti disse que essa parcela da população sofre também com a falta de educação sexual nas escolas públicas. “É fundamental discutir a sexualidade nas escolas, até porque ocorre uma distorção da sexualidade na mídia e na propaganda nos dias de hoje”, afirmou o psicólogo.

Para ele, a escola é importante tanto na prevenção quanto no combate à pedofilia. Geralmente, é em no ambiente escolar que ocorre a identificação de um caso de abuso sexual. “A escola é o grande caminho”, disse o psicólogo, ressaltando que atualmente os estabelecimentos de ensino não estão preparados para identificar, prevenir ou combater os casos de violência sexual.

De acordo com Motti, a violência contra a criança deriva principalmente do fato de a sociedade hoje estar formada e baseada numa estrutura em que a criança é tratada como um objeto ou um ser inferior, que depende do adulto.

“Há uma cultura de desrespeito à criança. Só se pensa na criança quando ela é uma consumidora. É natural que crianças e adolescentes dependam dos adultos, e a própria lei prevê a obrigação de todos os adultos de garantir a proteção integral dos direitos deles, inclusive os direitos sexuais. Isso as torna automaticamente dependentes das atitudes dos adultos.”

O psicólogo defendeu uma reflexão sobre como administrar essa dependência – se as crianças e adolescentes são tratados como seres inferiores aos adultos, como objetos e não como pessoas plenas de direitos e capazes de manifestar opinião, necessidades e desejos e como propriedade dos adultos. “Se os tratamos assim, estamos por por certo administrando essa dependência no sentido avesso ao que a lei propõe, e isso é maléfico para eles [crianças e adolescentes] e para a própria sociedade”, afirmou.

Nessa forma de dependência contrária à lei, a criança se torna uma vítima mais fácil para os crimes de violência sexual praticados por um adulto. “Nessa relação de dependência, a criança pode virar objeto de satisfação para o adulto, seja no mundo das artes, da propaganda ou até da violência sexual.”

No caso de violência sexual, a criança geralmente demonstra que foi vítima de abuso apresentando mudanças no comportamento familiar e social. Segundo o psicólogo, a criança pode apresentar sinais como desinteresse ou excessivo interesse por assuntos envolvendo a sexualidade; desinteresse pelos estudos ou atividades culturais e desportivas; sentimento de culpa elevado; atitudes agressivas com pessoas amadas ou amigas; redução drástica à imunidade; melancolia e choro sem motivo aparente e até o desenvolvimento de enfermidades sem nenhuma explicação adequada para isso.

De acordo com Motti, o tratamento da criança, nesse caso, será voltado principalmente para a exploração dos potenciais e da capacidade de superar a violência da qual foi vítima. O tratamento é geralmente multiprofissional - reunindo psicólogos, médicos, assistentes sociais e pedagogos – e não tem tempo determinado para terminar.

“Vai depender muito da história de vida da vítima - incluindo sua vida afetiva e as condições sociofamilares em que ela se encontre. Logicamente, as marcas da violência sexual não serão superadas, qualquer que seja o tempo, mas suas conseqüências podem, sim, ser trabalhadas com resultados positivos em dois anos de trabalho.”

segunda-feira, março 02, 2009

BELÉM-PARÁ-BRASIL

CIDADES DO PARÁ- MARABÁ



Marabá, cidade às margens dos rios Tocantins e Itacaiúnas com um nascer e um por do sol inesquecíveis para quem nela habita e que aqui chega.


MarabáCom seus cinco núcleos populacionais de características próprias, adquiridas pelas cheias dos rios, pela vinda de pessoas do país inteiro, e por sua potencialidade econômica.

Possui um forte apelo turístico em virtude de suas atrações naturais, aliada a economia gerada pela iniciativa privada, bem como o valor histórico da engenharia ali construída desde a década de 70, conforme diretrizes do governo militar, para atender as necessidades de instalações de siderúrgicas e incentivar a imigração oriunda principalmente do nordeste brasileiro.

A cidade dispõe de praças, clubes, espaços culturais, igrejas, galerias de artes, orla fluvial, belas praias e balneários, além de pesca esportiva e aventuras com passeios de barcos nos rios Tocantins e Itacaiúnas, nas trilhas ecológicas do Parque Zoobotânico de Marabá para quem adora diversão e aprecia a natureza.

Cidade pólo de desenvolvimento econômico do sudeste paraense, centro comercial, de decisões e negócios. Região rica em minérios, concentra investimentos e empreendimentos de indústrias, distribuída nas diferentes atividades da economia formal e informal do município.

Cidade de uma das estações da ferrovia que transporta passageiros, que escoa o minério de ferro da Serra Carajás a São Luis do Maranhão (Porto de Ponta da Madeira da companhia mineradora Vale).

Marabá oferece uma infraestrutura de serviços turísticos com vários hotéis, como o hotel capixaba, restaurantes, agências de viagens, locadoras de veículos, auditórios, parque de exposição, entre outros. Com isso, recebe muitos visitantes, seja para a realização de negócios ou para conhecer as belezas naturais do município.

História
Marabá começou a ser povoada em 1894, quando chegou à região o Coronel Carlos Leitão e fundou uma colônia agrícola próximo ao rio Tocantins. Em 1898 seus habitantes construíram um Barracão Comercial que chamaram de Marabá.

Seu crescimento se deu através da migração desordenada de pessoas de outras regiões, principalmente de nordestinos fugindo da seca. Com a migração desordenada, foram surgindo diversos conflitos. Tiroteios, desordens e crimes eram comuns ali. O local pertenceu ao município de São João do Araguaia.

Emancipada em 1913, Marabá passou por vários ciclos que sustentam sua economia até os dias de hoje. Começa com o ciclo da borracha, depois torna-se o maior exportador de castanha-do-pará do mundo.

Com a Segunda Guerra, os portos foram fechados e o ciclo do ouro começou. O ciclo atual é caracterizado pelo minério, pecuária, siderurgia e grandes empresas.


[editar] Fatores e pessoas importantes
Antonio Maia e a criação de Marabá
Antonio da Rocha Maia nasceu a 13 de junho de 1878, em Carolina, MA. Conforme informa Leônidas Duarte, Antonio Maia era trineto ilegítimo de D. Pedro I: sua avó paterna, Alzira, seria filha de D. José de Assis Mascarenhas, 5.º Governador da Província de Goiás e filho bastardo de D. Pedro I com Margarida Ernestina da Gama Souto.

Aos 18 anos, órfão de pai e mãe, Antonio Maia encontra-se em Baião, trabalhando com o comerciante Vítor Maravilha. Antonio acaba casando-se com D. Antonia Maravilha, filha do patrão. Em 1900 o casal muda-se para Marabá e Antonio passa a comercializar o caucho, com sucesso. A partir de 1907, Antonio – já o “Coronel” (de patente comprada) Antonio Maia passa a empenhar-se pela autonomia da região de Marabá, juntamente com outros homens, como Antonio Braga e Chaves, Antonio de Araújo Sampaio, Messias José de Souza, Melchiades Fontenelle e Sérvulo Brito.

Surge João Parsondas de Carvalho
Em 1908, o movimento emancipatório desenvolvido em Marabá levou o advogado provisionado João Parsondas de Carvalho a levar ao governo de Goiás a proposta do povo de Marabá e Conceição do Araguaia, de vincular-se àquele Estado. Marabá pertencia a Baião, que nenhuma assistência podia dar à região.

O Governo goiano enviou nomeação a Norberto de Melo, para arrecadador de tributos. O governo do Pará reagiu, criando o município de S. João do Araguaia pela Lei nº. 1.069 de 5 de Novembro de 1908, e estabeleceu seus limites (Decreto 1588 de 4 de Fevereiro de 1909). A mesma Lei 1.069 criou o Distrito Judiciário e Comarca do Araguaia. A Sede foi instalada em São João do Araguaia. Marabá passou a pertencer ao novo município como Distrito judiciário, contrariando o desejo de seus habitantes.

Mas a luta prosseguia
Em Marabá a mobilização continuou, iniciou-se a impressão de um jornal. O Itacaiúnas (dirigido por Alfredo Rodrigues de Monção, Manoel Domingues e Libório Gonçalves de Castro). Uma comissão, presidida por Antonio Maia, formou-se para preparar um ante-projeto de lei de criação do município de Marabá. Em 1912, o ante-projeto estava pronto, mas achou-se conveniente aguardar o ano seguinte, após a eleição para governador.

Afinal, a vitória
Em 1913, a comissão encarregou Pedro Peres Fontenelle de levar o projeto a Belém; apresentado pelo deputado Antonio Martins Pinheiro, o projeto foi do Cinqüentenário de Marabá. Antonio Maia foi nomeado, pelo governador, presidente da Comissão Administrativa do novo município. Um ano depois, em 1914, Antonio Maia foi eleito Intendente Municipal (cargo que corresponde ao de Prefeito).

Como surgiu o nome da cidade
Um poema escrito por Gonçalves Dias inspirou Francisco Coelho, que denominou o seu armazém de aviamento, situado na confluência dos rios Tocantins/Itacaiúnas. O armazém, na verdade um grande barracão, servia aos pioneiros de todo tipo de secos e molhados. Lá, segundo a tradição, Coelho comprava o caucho coletado, andiroba, copaíba, frutos da mata, caças diversas e, nos fundos mantinha um animado cabaré, com a venda de bebibas e mulheres que ele mesmo mandava vir do Maranhão.

Quem sou eu

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Claudio Junior, divorciado, 46 anos, uma filha a qual é minha vida, estou criando este blog para divulgar um pouco da minha tapiocaria e nossos produtos. As tapiocas do papai já são um sucesso devido sua qualidade e sabor, prove e comprove