sábado, agosto 22, 2009

o banquete musical de Felipe Cordeiro


O jovem compositor Felipe Cordeiro lança hoje o seu primeiro CD, “Banquete”. O show, marcado para as 20h30, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur, será aberto pelos cantores Aíla Magalhães e Manoel Cordeiro.

“A Aíla está cantando novas músicas minhas que devem fazer parte de seu próximo CD. Por isso eu quis que ela fizesse a abertura. Já o Manoel, meu pai, é minha fonte de inspiração”, explica Felipe. O show contará com a participação de todos os intérpretes que gravaram as músicas do CD: Lívia Rodrigues, Arthur Nogueira, Andréia Pinheiro, Juliana Sinimbú, Floriano, Alba Maria, Renato Torres, Patrícia Bastos, Olivar Barreto e Mel Ribeiro. No palco, eles estarão acompanhados do quarteto formado por Príamo Brandão (baixo), Arthur Kunz (bateria), Edgar Matos (teclado) e Bruno Mendes (percussão). Felipe Cordeiro irá tocar violão.

“A escolha desses artistas foi natural, pois eu já trabalhava com eles”, comenta o compositor, acrescentando que teve um cuidado especial com o cenário do show, criado por Carlos Vera Cruz e inspirado nas fotos do CD.

“Banquete” traz 14 músicas e já estava pronto desde 2007, à espera de finalização. O lançamento chega pelo selo Ná Music, do empresário Ná Figueredo.

Felipe Cordeiro participou do I Festival de Música Popular Paraense, realizado pela RBA, e ganhou o segundo lugar, com a música “À Sua Maneira”, interpretada pela cantora Aíla Magalhães. “Foi muito bom participar de um festival com uma música tão contemporânea”.

SERVIÇO

Show de lançamento do CD “Banquete”, do compositor Felipe Cordeiro. Hoje, às 20h30, no Teatro Margarida Schivasappa, do Centur. Ingresso: R$ 20 (com meia entrada).

Dia Nacional do Folclore tem programação especial





Em comemoração ao Dia Nacional do Folclore, celebrado hoje, a Associação dos Grupos de Folclore de Belém realiza o VIII Festival Brasileiro de Folclore do Pará, que vai reuniu grupos de vários Estados brasileiros.

O evento será realizado na Praça Waldemar Henrique, e entre os grupos que irão se apresentar estão Uirapuru, Muiraquitã, Moara e Cheiro do Pará. Os Pássaros Juninos Tangará, Tem-Tem e Uirapuru também participam da programação. Além dos shows, o festival realizará oficinas e palestras para estimular a integração e a troca de experiências entre os participantes.

A data também será comemorada com uma grande roda de carimbó, que terá a participação dos grupos Herdeiros da Tradição, de Santarém Novo, e Igapê. Eles se apresentam a partir das 17h, no anfiteatro do Forte de São Pedro Nolasco, na Estação das Docas, com entrada franca.

Durante a programação, será entregue o prêmio de reconhecimento a 15 grupos que acompanham, há nove anos, o projeto Pôr-do-som e atuam na valorização da cultura popular paraense.

No Espaço São José Liberto quem festeja a data é o grupo Os Baioaras, com um show a partir das 17h30, no Coliseu das Artes. No repertório estão carimbó, xote, marujada, siriá e lundu marajoara, além de encenações de rituais como kuarup e thorém, que levaram o grupo a festivais por várias capitais brasileiras e ao Fórum Global da Expo 98, em Lisboa.

SERVIÇO:

Dia Nacional do Folclore. Programação com grupos locais e nacionais. Hoje, na Praça Waldemar Henrique, na Estação das Docas e no Espaço São José Liberto. Entrada franca.

Noite de rock e reggae no African Bar


Na terra do carimbó, acreditem, Bob Marley também é rei. O reggae faz tanto sucesso na capital paraense, que nos finais de semana sempre é possível encontrar uma festa em que o ritmo é celebrado durante a noite toda. Hoje o encontro dos regueiros acontece em dois locais. Na Chácara Candeira tem Rap Reggae Roots, o I Tributo a Haile Selassie, com a participação da Trilha do Canal, DJ Vitor Pedra e lançamento do DJ Mr. John Stones.

A Trilha do Canal é formada por Alan e Brown nos vocais e Teatro nas cordas. Já o DJ Vitor Pedra começou tocando no programa da rádio comunitária Sintonia do Reggae, realizado pela Associação dos Movimentos Reggae do Pará, e atualmente se apresenta todos os domingos no Açaí Biruta.

A novidade da noite será o DJ Mr. John Stones, que promete roots e reggae love, “para as pessoas dançarem coladinhas”. Stone é ex-morador de rua e começou a atuar como DJ quando conheceu o proprietário da Chácara Candeiras e se interessou pelos eventos.

Outra opção do sábado é o I Amazon Beat Festival, no African Bar, um evento que nasce com a proposta de ajudar na divulgação do trabalho autoral das bandas do Norte do Brasil.

No Palco Rock estarão as bandas Inversa, Sincera, Turbo, Delinquentes, Aeroplano e Mary Jesus. Já o Palco Roots será das bandas Bris Zaboa, Máfia da Baixada, Juca Culatra e Power Trio, Alma Livre Sound System, Raízes de Sião e Original Gueto Man Victor Bring. E tem ainda o Palco E-music, com Zavijava, Dill, Lincon, Lovetrônics, Marcelera e Roy Tinic.

Além dos shows, o Amazon Beat Festival terá exposição de fotos e vídeos de Ulisses Parente, grafite de Adriana Chagas e Feira Mix com Wilbor Bong. No dia 29 o festival continua, com as bandas Baby Loyds, Jungle Band, VJ Lucidez, Letrac, Luz de Ras, Blacksfera Crew, Jonnhy Rock Star, Uiara Roots, Avens, Soul Nature, Tomarock, Raizes de Sião, Telavivi, DJ VP Roots e convidados.

SERVIÇO

Rap Reggae Roots, com o I Tributo a Haile Selassie, com a participação da Trilha do Canal, DJ Vitor Pedra e lançamento do DJ Mr. John Stones. Hoje, na Chácara Candeira (Rua Coração de Jesus, Entroncamento). Informações: 8104-8793. I Amazon Beat Festival. Hoje, no African Bar. Ingressos: R$ 10. Informações: 8173-8963.

Centur faz campanha para arrecadar instrumentos

Você tem em casa um violão parado? Pode ser arranhado, empenado ou até quebrado. Traga ele para ganhar vida nova em outras mãos! Essa é a ideia do projeto Corda Livre, que levará oportunidades de trabalho e do ensino musical para a população paraense. Esta é a segunda edição do projeto e a campanha para arrecadação de instrumentos de cordas já começou.

O Corda Livre é uma parceria da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) Neves e oferece – inicialmente - oficinas de reparo e confecção de instrumentos para detentos do sistema penal paraense.

Após as oficinas, os detentos irão trabalhar com os violões, cavacos, bandolins e outros materiais doados pela população. Os instrumentos restaurados ou confeccionados serão utilizados no projeto Sala de Cordas, também da Fundação Tancredo Neves, que oferece oficinas gratuitas de violão para comunidades e escolas públicas de todo o Estado do Pará.

Qualquer pessoa que tiver um violão ou outro instrumento de corda inutilizado – seja cavaco, banjo, bandolim, etc - pode ligar para a Gerência de Linguagem Sonora da Fundação Tancredo Neves, que a equipe do projeto vai até a residência buscar a doação.

O interessado também pode doar o instrumento diretamente na Gerência, que fica no 4º andar do Centur. São aceitos instrumentos em qualquer estado (arranhado, empenado, danificado), o que importa é a doação e a matéria-prima para a lutheria.

Show Corda Livre II - A campanha do projeto Corda Livre também contará com o espetáculo Corda Livre II que levará cerca de 30 violonistas ao palco do Teatro Margarida Schivasppa. O show está previsto para o dia 22 de setembro, e na ocasião também serão recebidas doações de instrumentos.

O público poderá conferir o talento de músicos como Nego Nelson, Bob Freitas, Danny Lúcio, Camila Alves, Cibele Gemima, Ziza Padilha, Gerson Araújo, Gil Barata, Salomão Habib, dentre outros. A entrada será franca.

A primeira edição do espetáculo Corda Livre ocorreu no dia 27 de agosto do ano passado e movimentou as doações do projeto, que totalizaram 38 instrumentos.

Serviço:

Já começou a campanha de doação de instrumentos para a segunda edição do projeto Corda Livre, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves em parceira com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe). Doações no 4º andar do Centur (Gentil, 650), na Gerência de Linguagem Sonora, ou arrecadação diretamente na residência da pessoa. Contato pelo telefone 3202 -4369 ou 9633 – 3686.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Festival da RBA consolida talento paraense




Festival mostrou a trajetória de artistas dedicados á músicaMais do que um determinado gênero, um ritmo ou uma letra, a maior estrela do I Festival de Música Popular Paraense, promovido pela RBA, foi mesmo o talento dos artistas. Na noite da última quinta-feira, dia 6, os doze selecionados entre os mais de 600 inscritos puderam mostrar o fruto de uma trajetória dedicada à música, uma dedicação que muitas vezes não é reconhecida, sobretudo numa região carente de investimentos em cultura.

Numa iniciativa inédita, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação, com apoio da Vale, trouxe de volta o clima dos grandes festivais, que fazem parte da memória cultural brasileira e até hoje movimentam artistas e público em torno da música de qualidade.

Nos bastidores, muito nervosismo. No palco, intérpretes defenderam com orgulho trabalhos autorais que representam um pouco da enorme variedade cultural da região amazônica.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Heraldo arrebentando



NÃO É MEU ESTILO DE MÚSICA, MAS DIVULGO POR SER UMA BANDA DA TERRA QUE FAZ SUCESSO FORA DO ESTADO E TAMBÉM POR TER COMO INTEGRANTE UMA PESSOA QUE TAMBÉM CURTE E AMA AS COISAS DAQUI. PARABÉNS PELO SUCESSO, HERALDO E COMPANHIA DO CALYPSO

quarta-feira, agosto 12, 2009

Diretor da ópera Romeu e Julieta se diz encantado com o Theatro da Paz

Ele observa atentamente cada detalhe da encenação, atento aos movimentos de atores, cantores e bailarinos. Com um caderno de anotações e olhar arguto, anota detalhes que, avalia, podem ficar como estão - ou, de repente, ser modificados. William Ferrara, diretor cênico da ópera "Romeu e Julieta", volta a Belém para dar sua privilegiada visão à apresentação que abre o III Festival Internacional de Ópera da Amazônia, na próxima sexta-feira, 14. O desafio é grande, especialmente quando se considera um espetáculo grandioso, que reúne mais de 140 artistas no palco.


A ópera "Romeu e Julieta", de Charles Gounod (1818-1893), foi encenada pela primeira vez em 1867, o ano em que foi escrita, no Teatro Lírico Imperial de Chatelet, em Paris. Em Belém, a primeira e única apresentação foi em 1906, por uma companhia francesa. Com libreto do poeta francês Jules Barbier e do libretista Michel Carré, a peça emocionou a plateia que viu sua estreia. "Era como um retorno da obra homônima já consagrada de Shakespeare", conta o norte-americano, que desfruta de uma reputação internacional como diretor e professor de cena para cantores profissionais.


Professor da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, William Ferrara já dirigiu mais de mil produções de peças, musicais, operetas e óperas em colégios e teatros regionais naquele país. Recebeu o título de mestre de Música em Direção de Ópera da Universidade de Indiana (EUA), em 1981, e continuou seus estudos com diretores das maiores casas de ópera do mundo. Foi nomeado diretor de ópera da Universidade de Oklahoma em 1995 e revitalizou a apresentação e o programa de aprendizado.


A Ópera da Universidade de Oklahoma vem ganhando reputação nacional por excelência em ensino e apresentação, atraindo estudantes de todo o país e do mundo. "Trabalho muito com jovens. Gosto de ensinar ópera e ver os talentos que surgem para manter essa arte viva", conta ele, que já encenou "Romeu e Julieta" nos Estados Unidos. "Essa é uma peça que me dá oportunidade de usar muitos elementos shakespeareanos", explica. "Muito da tragédia original está lá. É um tema que gosto de trabalhar", continua ele, que também já fez "West side story", a versão moderna da tragédia dos amantes de Shakespeare.


No Pará, o diretor elogia a equipe que faz o espetáculo ganhar vida. "Os cantores são muito talentosos e a equipe de apoio é formidável. E preciso fazer uma menção especial aos músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, que, apesar de não ter a tradição musical que temos nos Estados Unidos, têm a dádiva do talento e da dedicação", destaca o diretor, que se diz encantado com o Theatro da Paz a cada vez que vem ao Pará. A arquitetura e a própria maneira como o palco foi criado, com uma inclinação específica, fazem dele o lugar ideal para se encenar óperas, diz.


"Essa é a minha terceira participação no Festival de Ópera da Amazônia e, novamente, é um prazer muito grande poder trabalhar nesse que, posso assegurar, é um dos melhores e mais bonitos teatros do mundo", reforça o diretor, com a autoridade de quem já se apresentou nas principais casas de ópera. "Para mim, essa é a vantagem de Belém sobre outras cidades do Brasil. O Theatro da Paz consegue reunir num mesmo lugar pessoas de todos os tipos e de várias culturas, do mundo inteiro. É um espaço que congrega expressões diversas, que devia ser celebrado e mantido com todo respeito e carinho", assevera.


Serviço - III Festival Internacional de Ópera da Amazônia. De 14 de agosto a 19 de setembro de 2009, no Theatro da Paz. Realização: Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do teatro. Ingressos para a ópera "Romeu e Julieta": R$ 30 (paraíso), R$ 40 (camarote de 2ª, galeria proscênio PE) e R$ 50 (plateia, varanda, frisa e camarote de 1ª). Para a ópera "La Cambiale di Matrimonio", os ingressos têm preço único de R$ 20. As demais apresentações terão entrada gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do Theatro da Paz, a partir das 9 horas do dia do espetáculo. Em todos os espetáculos aceita-se meia-entrada.

Índios paraenses discutem seu próprio caminho

Indígenas de 41 etnias do Pará discutem, em Belém, os rumos da educação escolar indígena no Estado. A garantia de pactuar compromissos que vão garantir a educação escolar em aldeias paraenses é da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que promove a 1ª Conferência Regional Escolar Indígena, em ação conjunta com o Ministério da Educação (MEC).

A solenidade de abertura na noite de segunda-feira (10), foi marcada por danças e manifestações culturais de indígenas que estarão reunidos até o dia 14, no Parque dos Igarapés. O evento dá continuidade à primeira fase do evento, ocorrido em Marabá, no período de 27 a 31 de julho, durante a versão estadual, realizada no município de Bom Jesus do Tocantins, sul do Pará.

A Conferência em Belém reúne todos os eixos temáticos voltados à questão indígena que estarão sendo discutidos durante a Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, em Brasília, de 21 a 25 de setembro.

Os participantes foram saudados e receberam as boas vindas ao evento da coordenadora de educação escolar indígena da Seduc, Puyr Tembé.

Todas as regiões do Estado estão representadas na conferência, se consolidando com um fórum de debates sobre as questões indígenas, pontuou Sheila Juruna, da região de Altamira. “Aqui estão as comunidades de base que vão discutir a educação. Nós estamos esperando as respostas para as nossas perguntas”.

O coordenador de educação escolar do MEC, Gersen Baniwa, observou que o Brasil tem uma história de complexidade quando se trata de educação, pois não é à toa que após 509 anos realiza a 1ª Conferência Escolar Indígena, o que demonstra o conservadorismo da educação brasileira. Ele destacou que na área da saúde indígena já foram realizadas três conferências. Baniwa encorajou os índios, caciques e a sociedade civil a lutar buscando o diálogo com os dirigentes políticos. “A nossa força é o nosso poder de convencimento”, concluiu.

O representante da secretária de Educação, Wilson Barroso, ressaltou que “nós não temos uma educação indígena voltada para os indígenas por conta da educação colonizadora. Mas, o cenário está mudando, graças a atitude do governo popular que tem cor e ideologia e que está ao lado das causas sociais”. Barroso encerrou afirmando que todos são importantes para mudar os indicadores ao longo dos 509 anos.

Programação – No primeiro dia de conferência, pela manhã foi apresentado e aprovado o documento base e o regimento interno, apresentação e aprovação da programação e acordo de convivência. À tarde, será formada a primeira mesa temática, sob o tema “Políticas, Gestão e Financiamento da Educação Escolar Indígena”, que reúne palestrantes do MEC, Seduc, Funai e Undime.

Ao todo, cinco mesas temáticas com eixos de discussão estarão sendo amplamente debatidos até o dia 14, entre elas, “Educação Escolar, Territorialidade e Autonomia dos Povos Indígenas”, “Participação e Controle Social”, Diretrizes para a Educação Escolar Indígena” e “Práticas Pedagógicas Indígenas”.

A cerimônia de abertura foi prestigiada por autoridades engajadas na luta indígena, como o presidente da Fundação Curro velho, Walmir Bispo; André Ramos, que representou o titular da Fundação Nacional do Índio (Funai); Carlos Henrique, representante da Secretaria de Estado de Cultura (Secult); Sheila Juruna e Paulinho Payakan, representantes das organizações indígenas; e Gersen Baniwa, coordenador de Educação Escolar Indígena do MEC.


Seel participa - O secretário de Estado de Esporte e Lazer, Albertio Leão esteve na abertura da I Conferência Regional de Educação Escolar Indígena. O secretário destacou o reinicio das atividades do Projeto Aldeia Solidária, recentemente, nas aldeias Suruí Sororó em Marabá e Assurini do Trocará, em Tucuruí. A perspectiva da secretaria é ainda este ano ampliar o projeto para mais duas aldeias: Wai-wai e Kayapós.


O secretário disse também que os Jogos Indígenas teve seu projeto apresentado este ano pelo Comitê Intertribal, sendo aprovado pelo Ministério do Esporte para captação de recursos e está previsto para acontecerem no Estado do Pará, ainda na segunda quinzena de outubro.


Outra iniciativa citada para o público indígena foi a caminhada Vivicittá (viver a cidade) que acontece todo ano, ao redor do mundo e pela primeira vez em Belém, marcou o início da programação da III Semana dos Povos Indígenas do Pará, cumprindo assim o protocolo de intenções, assinado entre a UISP (União Italiana Esporte para Todos) e a Seel, durante o Fórum Social Mundial e que em recente viagem à Itália, reuniu-se com os dirigentes da entidade e obteve sinal positivo dos parceiros, que se dispuseram a levar à União Européia, a idéia de apoiar projeto Aldeia Solidária para 55 aldeias no Pará.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Festival de Ourém é adiado pela crise na cultura

O Festival da Canção Ouremense, um dos maiores e mais antigos eventos de música do norte do país, também sofre os reflexos da crise econômica e do corte de recursos destinados à cultura no Estado. Diante do quadro, a Prefeitura de Ourém, responsável pelo evento, decidiu adiar a próxima edição do festival, que é tradicionalmente realizado em julho. A previsão é para agosto, mas ainda não há confirmação.

“O principal motivo (do adiamento) é encontrarmos um contexto econômico geral que nos garanta a realização do evento com a qualidade que desejamos”, diz Inacilene Costa, secretária de Cultura de Ourém. Ela afirma que a prefeitura, que assumiu este ano, ainda está “arrumando a casa” e pagando dívidas anteriores.

Em reação à crise no festival, um grupo de artistas locais, encabeçado pelo produtor cultural Arlindo Matos, se organiza em defesa do evento. “O festival é o ícone maior da cultura da nossa região. A não realização dele este ano deixou uma lacuna durante o veraneio de Ourém. Devemos pensar em novas alternativas, quem sabe até num novo festival”, propõe Arlindo.

No entanto, Inacilene Costa garante que o festival vai, sim, ocorrer este ano, “independentemente dos apoios e investimentos externos”. “Estamos captando recursos com a iniciativa privada. Fora o atraso, tudo está ocorrendo como previsto. Os planos são, inclusive, de aumentar a premiação este ano”, diz ela.

Realizado desde 1983, o festival reúne todo mês de julho, no município de Ourém, nordeste do Estado, os maiores compositores, cantores e intérpretes da música paraense. O evento, que começou com a iniciativa de um grupo de jovens do município, atrai artistas de todo o país, motivados ainda pelos grandes festivais de música que ocorriam no Brasil desde a década de 1960. Segundo a Prefeitura de Ourém, durante os três dias de competição, realizada na Concha Acústica, a cidade recebe, em média, dez mil visitantes.

Secult diz que ainda não recebeu o projeto
Os efeitos da crise têm reverberado no setor cultural paraense, e a palavra de ordem é contingenciamento. Órgãos de cultura tiveram seus horários de funcionamento reduzidos. Programações e investimentos foram adiados.

Não foi diferente no caso do Festival da Canção de Ourém. O financiamento do evento, que sempre coube ao Governo do Estado, via Fundação Cultural Tancredo Neves (Centur), corre o risco de ser prejudicado. “A missão da fundação é apoiar a cultura local, mas o nosso orçamento há algum tempo está comprometido. Não podemos investir este ano na maioria dos projetos que usualmente costumávamos investir. Do jeito que as coisas vão, não haverá verba para este também”, afirma um assessor da Fundação Tancredo Neves que prefere não se identificar.

O decreto 1.618 (23/4) que regulamenta a atual política de contenções do governo foi prorrogado até dezembro. As reduções visam especialmente gastos administrativos, como o consumo de água, luz, combustível e ainda telefonia móvel e fixa nas repartições públicas. A expectativa com essas medidas é o corte de até 30% do custeio. Mas os projetos culturais não estão imunes às reduções.

Na Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a informação é que a Prefeitura de Ourém não deu entrada no projeto do festival solicitando apoio financeiro. E mesmo se o projeto for aprovado pela Secult, não há garantias de que haverá o recurso pleiteado. “Depende muito de como vai estar nosso orçamento na ocasião da entrada do projeto. Os nossos recursos estão pulverizados em várias ações. Mas nenhum projeto deixará de acontecer, apenas terão que ser ajustados à nova realidade”, diz um assessor.

Edição quer contemplar músicos do interior

Da década de 80 até hoje o Festival da Canção em Ourém sofreu várias modificações, tendo ocorrido inclusive o cancelamento do evento em algumas edições. Ou seja, apesar da sua perenidade, o evento nunca foi imune às crises e mudanças, tendo que se adequar às elaborações culturais dos diversos gestores e aos recursos captados ao longo dos anos.

O modelo proposto para este ano tem como prioridade contemplar os músicos de Ourém e do Polo Capim.

Segundo o edital, três músicas do município e duas do polo devem ser finalistas. Este recurso, de acordo com a organização do evento, serve como estímulo para a participação de músicos do interior do Estado.

Os músicos apoiam essa mudança. “Essa política é necessária por que falta infraestrutura para os músicos da terra. Faltam estúdios, espaço, muitos não têm sequer seu próprio instrumento. Mas, o investimento na cena musical tem de ser contínuo. Caso contrário, nunca vamos acabar com a impressão de que o Festival de Ourém é elitizado, feito para os músicos de Belém. Tem que se achar uma forma de inserir os músicos do município de forma completa”, comenta Fábio Cavalcante, veterano do Festival de Ourém e que morou por cinco anos na região.

Com ou sem festival, Ourém já está em polvorosa. “Admito que o festival não é para todos os gostos, mas mesmo quem não gostava do festival na cidade sentiu a falta dele agora em julho. A minha ideia é fazer um festival da canção alternativo, no Morro da Capelinha, para oferecer uma alternativa à cultura da

Governadora anuncia criação de 60 novos pontos de cultura no Pará





O Pará ganhará 60 novos pontos de cultura, além de 48 espaços de leitura e 48 brinquedotecas, distribuídos por todas as regiões do Estado. O anúncio foi feito pela governadora Ana Júlia Carepa nesta sexta-feira (24), em Curuçá, durante o quarto dia do Circuito Cultural Paraense promovido no município pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult).


Ao lado do secretário estadual de Cultura, Edilson Moura, Ana Júlia Carepa adiantou que o convênio que garantirá a implantação dos novos espaços, em parceria com o governo federal, será assinado com ministro da Cultura, Juca Ferreira, em agosto. Os novos espaços culturais serão instalados em instituições que atuam na área cultural e foram selecionadas por edital para receber apoio para o desenvolvimento de ações culturais.


A governadora também ressaltou a importância do Circuito Cultural Paraense e da descentralização das ações da cultura. "O Circuito é um sucesso, agrega associações e grupos de diversos municípios, integrando o Estado. Todas as nossas políticas têm essa marca e o secretário Edilson abraçou esse compromisso. Investir em cultura é investir no que temos de mais importante, que é a nossa identidade, e é um investimento social, pois os jovens passam a ter outra perspectiva de vida".


Edilson Moura garantiu que o Circuito Cultural Paraense continuará acontecendo em outras cidades paraenses, como Marabá e Tucuruí, onde chegará este ano. "Estamos promovendo a troca entre os municípios e valorizando a cultura do Pará, respeitando a diversidade de manifestações." A governadora chegou ao município no final da tarde de sexta para prestigiar o evento e foi recebida por um cortejo de grupos culturais de diferentes lugares, como o Boi Faceiro, de São Caetano de Odivelas, o Grupo de Carimbó Uirapuru, de Marapanim, e o Clube Musical de Curuçá.


No Bosque da Igualdade, local das atividades do Circuito Cultural, Ana Júlia Carepa visitou a Casa de Farinha, onde viu como são feitos vários derivados da mandioca, visitou as barracas com produtos artesanais dos municípios participantes desta etapa do Circuito e também a Casa de Cultura. Ela ainda entregou certificados a participantes das oficinas oferecidas na programação, como as de rádio, de jornal impresso e de pintura mural.

sábado, agosto 01, 2009

Mestre Verequete abre a comemoração de seus 93 anos no São José Liberto




Ícone da cultura popular paraense, mestre Verequete ao lado do então ministro da Cultura, Gilberto Gil, da governadora Ana Júlia e de Pinduca



Ele é considerado o "rei dos tambores", e sua história com o carimbó começou ainda na infância, ao acompanhar o pai em brincadeiras como boi bumbá. Com o tempo, o menino registrado como Augusto Gomes Rodrigues, nascido em 26 de agosto de 1916 no município de Bragança, nordeste paraense, acabou ganhando fama e respeito com o apelido de Verequete, o Mestre Verequete, que neste ano completa 93 anos de uma vida dedicada a difundir o folclore paraense pelo mundo.


Neste domingo (2), a partir de 17h30, as comemorações pelo aniversário de Mestre Verequete serão abertas no Espaço São José Liberto, quando o carimbó de pau e corda tomará conta do Coliseu das Artes. Com entrada franca, a apresentação também abre a programação cultural de agosto do São José Liberto.


Verdadeiro ícone da cultura paraense, Mestre Verequete já levou suas músicas a muitos lugares. Sua história virou filme, com o título de "Chama Verequete" - nome de uma de suas músicas mais conhecidas -, ganhador do Kikito de Ouro na categoria curta metragem no Festival de Gramado, um dos mais reconhecidos festivais de cinema do país. Em Brasília, Verequete recebeu do governo federal o título de Comendador da República.


Ao longo da carreira, ele já gravou dez discos e quatro CDs. Uma produção que lhe concedeu o Prêmio de Culturas Populares Mestre Humberto Maracanã, concedido pelo Ministério da Cultura.


Folclore - As manifestações folclóricas dominam a agenda cultural do São José Liberto, em homenagem ao Dia Nacional do Folclore (22). Aos domingos, sempre a partir de 17h30, o público poderá ver dança e música regional no trabalho de cantores, instrumentistas e dançarinos dos grupos Paranativo, Uirapuru, Tribo dos Carajás e Charme Caboclo. Apenas o grupo Os Baioaras se apresentará no sábado (22).


Paralelamente à programação folclórica, a agenda cultural tem atração toda terça-feira, com o programa Timbres, mostrando na Capela a produção de música instrumental do Estado. Gravado sempre a partir de 18 horas, o programa é exibido pela Rádio e TV Cultura do Pará. Na primeira terça-feira de agosto (4), a atração será o Grupo Maestoso.


Na quinta-feira (6), a Escola de Dança Clara Pinto estará no Coliseu das Artes, a partir de 16h30, desenvolvendo um trabalho coreográfico com os alunos. No mesmo dia, às 19 horas, será aberta a exposição "Natureza forte - Joias e Adornos para Homens", no espaço de exposições da Casa do Artesão, promovida pelo governo do Estado, via Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição que gerencia o Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro.


Capacitação - A partir de segunda-feira (10), o Igama promoverá o II Workshop Internacional em Marketing, Design e Ourivesaria, que trará a Belém os italianos Cláudio Franchi (ourives especializado em peças de ouro e prata, restaurador e escultor), Stefano Ricci (designer de joias) e Marco Fasoli (professor e especialista em marketing). Ricci e Fasoli estiveram em Belém em 2008, ministrando o primeiro workshop.


O evento acontecerá até 28 de agosto, no Espaço São José Liberto e na Estação das Docas, com o objetivo de capacitar os profissionais vinculados ao Polo Joalheiro (ourives, designers, lapidários, artesãos e produtores de embalagens artesanais), além de estudantes e professores de áreas afins.


O II Workshop Internacional em Marketing, Design e Ourivesaria é promovido pelo Igama, Sedect e Sebrae-Pará, em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Organização Social Pará 2000, que gerencia a Estação das Docas, o Feliz Lusitânia e o Mangal das Garças.


A seguir, a programação cultural de agosto.


Domingo, dia 2


17h30 - Mestre Verequete e Grupo de Carimbó


Terça-feira, dia 4


18h - Programa Timbres - Quarteto Maestoso


Quinta-feira, dia 6


16h30 - Apresentação de Dança Escola Clara Pinto


Domingo, dia 9


17h30 - Grupo Parafolclórico Paranativo


Domingo, dia 16


17h30 - Grupo Parafolclórico Uirapuru


Sábado, dia 22 - Dia Nacional do Folclore


17h30 - Grupo Parafolclórico Os Baioaras


Domingo, dia 23


17h30 - Grupo Parafolclórico Tribo dos Carajás


Domingo, dia 31


17h30 - Grupo de Expressão Folclórica Charme Caboclo

NOTÍCIAS CULTURAIS DO IAP

DANÇAS CIRCULARES - O Instituto de Artes do Pará (IAP) dá continuidade ao projeto Roda de Danças Circulares, com atividades nos dias 3, 17 e 31 de agosto, sempre às 18h30, no anfiteatro do instituto. Aberta à comunidade, a Roda de Danças Circulares promove a dança de diferentes etnias para celebrar a vida, e tem parceria do Instituto Ocara. O IAP fica no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.

Oficina de dança - Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (SP) realizam, nos dias 3 e 4 de agosto, de 14h às 18h, uma oficina de dança no Instituto de Artes do Pará (IAP). Durante a atividade, os participantes poderão trabalhar uma linguagem de dança que parte das danças populares brasileiras. São ofertadas 25 vagas, com inscrições gratuitas. A oficina integra o Projeto Palco Giratório, realizado pelo Sesc Nacional e que no Pará tem parceria do governo do Estado. O IAP fica no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Pensamento Giratório - A Cia. Experimental de Dança Waldete Brito apresenta no dia 5 de agosto, às 19h30, na Sala de Dança do Instituto de Artes do Pará (IAP), o espetáculo "Por onde se vê", em que a poética coreográfica é semelhante a uma exposição de artes plásticas. Após o espetáculo, haverá troca de ideias entre integrantes da companhia e os artistas Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (SP), com participação do público. A atividade integra o Projeto Palco Giratório, realizado pelo Sesc Nacional e que no Pará tem parceria do governo do Estado. O IAP fica no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Diálogos França e Pará - Exibição de filmes, debates, mesas redondas e oficina de videoarte compõem a programação Diálogos França e Pará, que acontece de 5 a 10 de agosto, no Instituto de Artes do Pará (IAP). Inscrições para a oficina até dia 31, de 9h às 14h, no Núcleo de Produção Digital/ IAP (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica). Toda a programação tem entrada franca. Realização: Comissariado Geral Brasileiro, Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores, Solidarité Provence /Amérique du Sud e Governo do Pará/ Secretaria de Estado de Cultura/ IAP. Informações: 4006-2945/ 2947 e no blog http://www.iap.pa.gov.br/blog.


Espetáculo de dança - Nos dias 7, 8 e 9 de agosto, o Instituto de Artes do Pará (IAP) apresenta o espetáculo "Inferência", do grupo de dança Ney Moraes, de Caxias do Sul (RS). O espetáculo busca alargar o vocabulário da dança contemporânea, propondo novos caminhos para a movimentação corporal. As apresentações têm entrada franca e acontecem nos seguintes horários: dias 7 e 8, às 20h, e dia 09, às 19h, na Sala de Dança do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica). Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Workshop Body Motion - Bailarinos, coreógrafos, professores de dança e atores estão convidados a participar da oficina Body Motion, com Ney Moraes (RS), que será realizada no Instituto de Artes do Pará (IAP), no dia 8 de agosto, de 15h às 17h. São ofertadas 30 vagas. A atividade tem como objetivo vivenciar a experimentação da movimentação do coreógrafo, permitindo alargar as fontes de informação e reconhecimento de mais uma forma de expressão e criação. Inscrições gratuitas na Gerência de Artes Cênicas e Musicais do IAP (no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica). Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Aperfeiçoamento em dança - A coreógrafa Isabel Marques (SP) ministra, entre os dias 10 e 14 de agosto, de 15h às 18h, a oficina Aperfeiçoamento na Linguagem da Dança - Princípios Rudolf Laban (4º módulo). Estudo teórico e prático dos elementos da linguagem da dança segundo Rudolf Laban, a atividade é voltada a bailarinos, coreógrafos, intérpretes-criadores, pesquisadores e educadores. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na Gerência de Artes Cênicas e Musicais do IAP (no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica). Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Compositores paraenses - A professora Lenora Brito ministra uma palestra sobre o compositor Tó Teixeira, dia 12 de agosto, às 16h, no auditório do Instituto de Artes do Pará (IAP). A palestra faz parte do projeto Compositores Paraenses e sua História, realizado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa) com apoio do IAP. A entrada é franca. O IAP fica em Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Danças Circulares Hebraicas - Frida Zalcman ministra o workshop Danças Circulares Hebraicas, no Instituto de Artes do Pará (IAP), entre os dias 21 e 23 de agosto. A atividade é realizada pelo Instituto Ocara, com apoio do IAP. Mais informações: 8847-3264 (Ana Cláudia Costa).


Mais informações: Assessoria de Marketing Cultural e Comunicação Social / Márcia Carvalho (9999-4563) / Telefones: 4006-2945/2918

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Belém, Pará, Brazil
Claudio Junior, divorciado, 46 anos, uma filha a qual é minha vida, estou criando este blog para divulgar um pouco da minha tapiocaria e nossos produtos. As tapiocas do papai já são um sucesso devido sua qualidade e sabor, prove e comprove