sexta-feira, outubro 02, 2009

morre Nazareno Silva

Um infarto fulminante silenciou o músico e percussionista Nazareno Silva, 45 anos, que desde 1999 integrava a Banda Arraial do Pavulagem. Nazareno chegou a ser atendido na emergência de um hospital particular da Capital, porém não resistiu e morreu por volta das 6h desta segunda-feira, 28. O corpo do músico será velado na sede da Escola de Samba Bole-Bole (Av. José Bonifácio, Passagem Pedreirinha, 143 – antes do mercado do Guamá). A Banda fez show ontem na cidade de Igarapé-Miri, no nordeste do Estado, de onde retornou na madrugada de hoje.

Além de ser um dos percussionistas da Banda Arraial do Pavulagem, atualmente ocupava o cargo de diretor cultural do Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó. Em julho deste ano, Nazareno organizou o Festival do Carimbó naquela cidade, onde estava sendo esperado nesta segunda-feira. Foi percussionista, produtor cultural, músico e pesquisador de ritmos amazônicos. Nasceu no dia 12 de outubro de 1963. Era divorciado. Deixa dois filhos adolescentes.

Foi idealizador do projeto “Samba Amazônico”, que objetiva resgatar o samba de raiz produzido na região. Nazareno Silva organizou vários shows com sambistas que estavam esquecidos do grande público. Conseguiu reunir um dos maiores acervos de samba Amazônico da Região Norte. “Crescemos juntos pelas ruas do bairro do Guamá, Nazareno era um entusiasta da cultura, viveu e trabalhou durante toda a vida pela cultura popular”, relembra Zetinho Martins, amigo de infância do músico. Nazareno também cantava. Todos os anos “puxava” o samba da Escola Bole-Bole, do Guamá. “É uma perda muito grande para a cultura. Estamos desolados”, afirmou Júnior Soares, do Instituto Arraial do Pavulagem.

Nazareno Silva era um dos responsáveis pelo “Boi Malhadinho do Guamá” formado por crianças do Bairro. Realizava um intenso trabalho junto às crianças carentes que vivem no Guamá. Realizou várias oficinas de percussão em escolas públicas, entre outros projetos sociais.

Projeto Arraial o Pavulagem

Nazareno Silva entrou na Banda Arraial do Pavulgem logo após a morte de Rui Baldez. Foi também um dos idealizadores do movimento que deu origem aos arrastões. Participou das primeiras “brincadeiras” com o boi de tala na Praça da República, no início da década de 1980.

sábado, agosto 22, 2009

o banquete musical de Felipe Cordeiro


O jovem compositor Felipe Cordeiro lança hoje o seu primeiro CD, “Banquete”. O show, marcado para as 20h30, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur, será aberto pelos cantores Aíla Magalhães e Manoel Cordeiro.

“A Aíla está cantando novas músicas minhas que devem fazer parte de seu próximo CD. Por isso eu quis que ela fizesse a abertura. Já o Manoel, meu pai, é minha fonte de inspiração”, explica Felipe. O show contará com a participação de todos os intérpretes que gravaram as músicas do CD: Lívia Rodrigues, Arthur Nogueira, Andréia Pinheiro, Juliana Sinimbú, Floriano, Alba Maria, Renato Torres, Patrícia Bastos, Olivar Barreto e Mel Ribeiro. No palco, eles estarão acompanhados do quarteto formado por Príamo Brandão (baixo), Arthur Kunz (bateria), Edgar Matos (teclado) e Bruno Mendes (percussão). Felipe Cordeiro irá tocar violão.

“A escolha desses artistas foi natural, pois eu já trabalhava com eles”, comenta o compositor, acrescentando que teve um cuidado especial com o cenário do show, criado por Carlos Vera Cruz e inspirado nas fotos do CD.

“Banquete” traz 14 músicas e já estava pronto desde 2007, à espera de finalização. O lançamento chega pelo selo Ná Music, do empresário Ná Figueredo.

Felipe Cordeiro participou do I Festival de Música Popular Paraense, realizado pela RBA, e ganhou o segundo lugar, com a música “À Sua Maneira”, interpretada pela cantora Aíla Magalhães. “Foi muito bom participar de um festival com uma música tão contemporânea”.

SERVIÇO

Show de lançamento do CD “Banquete”, do compositor Felipe Cordeiro. Hoje, às 20h30, no Teatro Margarida Schivasappa, do Centur. Ingresso: R$ 20 (com meia entrada).

Dia Nacional do Folclore tem programação especial





Em comemoração ao Dia Nacional do Folclore, celebrado hoje, a Associação dos Grupos de Folclore de Belém realiza o VIII Festival Brasileiro de Folclore do Pará, que vai reuniu grupos de vários Estados brasileiros.

O evento será realizado na Praça Waldemar Henrique, e entre os grupos que irão se apresentar estão Uirapuru, Muiraquitã, Moara e Cheiro do Pará. Os Pássaros Juninos Tangará, Tem-Tem e Uirapuru também participam da programação. Além dos shows, o festival realizará oficinas e palestras para estimular a integração e a troca de experiências entre os participantes.

A data também será comemorada com uma grande roda de carimbó, que terá a participação dos grupos Herdeiros da Tradição, de Santarém Novo, e Igapê. Eles se apresentam a partir das 17h, no anfiteatro do Forte de São Pedro Nolasco, na Estação das Docas, com entrada franca.

Durante a programação, será entregue o prêmio de reconhecimento a 15 grupos que acompanham, há nove anos, o projeto Pôr-do-som e atuam na valorização da cultura popular paraense.

No Espaço São José Liberto quem festeja a data é o grupo Os Baioaras, com um show a partir das 17h30, no Coliseu das Artes. No repertório estão carimbó, xote, marujada, siriá e lundu marajoara, além de encenações de rituais como kuarup e thorém, que levaram o grupo a festivais por várias capitais brasileiras e ao Fórum Global da Expo 98, em Lisboa.

SERVIÇO:

Dia Nacional do Folclore. Programação com grupos locais e nacionais. Hoje, na Praça Waldemar Henrique, na Estação das Docas e no Espaço São José Liberto. Entrada franca.

Noite de rock e reggae no African Bar


Na terra do carimbó, acreditem, Bob Marley também é rei. O reggae faz tanto sucesso na capital paraense, que nos finais de semana sempre é possível encontrar uma festa em que o ritmo é celebrado durante a noite toda. Hoje o encontro dos regueiros acontece em dois locais. Na Chácara Candeira tem Rap Reggae Roots, o I Tributo a Haile Selassie, com a participação da Trilha do Canal, DJ Vitor Pedra e lançamento do DJ Mr. John Stones.

A Trilha do Canal é formada por Alan e Brown nos vocais e Teatro nas cordas. Já o DJ Vitor Pedra começou tocando no programa da rádio comunitária Sintonia do Reggae, realizado pela Associação dos Movimentos Reggae do Pará, e atualmente se apresenta todos os domingos no Açaí Biruta.

A novidade da noite será o DJ Mr. John Stones, que promete roots e reggae love, “para as pessoas dançarem coladinhas”. Stone é ex-morador de rua e começou a atuar como DJ quando conheceu o proprietário da Chácara Candeiras e se interessou pelos eventos.

Outra opção do sábado é o I Amazon Beat Festival, no African Bar, um evento que nasce com a proposta de ajudar na divulgação do trabalho autoral das bandas do Norte do Brasil.

No Palco Rock estarão as bandas Inversa, Sincera, Turbo, Delinquentes, Aeroplano e Mary Jesus. Já o Palco Roots será das bandas Bris Zaboa, Máfia da Baixada, Juca Culatra e Power Trio, Alma Livre Sound System, Raízes de Sião e Original Gueto Man Victor Bring. E tem ainda o Palco E-music, com Zavijava, Dill, Lincon, Lovetrônics, Marcelera e Roy Tinic.

Além dos shows, o Amazon Beat Festival terá exposição de fotos e vídeos de Ulisses Parente, grafite de Adriana Chagas e Feira Mix com Wilbor Bong. No dia 29 o festival continua, com as bandas Baby Loyds, Jungle Band, VJ Lucidez, Letrac, Luz de Ras, Blacksfera Crew, Jonnhy Rock Star, Uiara Roots, Avens, Soul Nature, Tomarock, Raizes de Sião, Telavivi, DJ VP Roots e convidados.

SERVIÇO

Rap Reggae Roots, com o I Tributo a Haile Selassie, com a participação da Trilha do Canal, DJ Vitor Pedra e lançamento do DJ Mr. John Stones. Hoje, na Chácara Candeira (Rua Coração de Jesus, Entroncamento). Informações: 8104-8793. I Amazon Beat Festival. Hoje, no African Bar. Ingressos: R$ 10. Informações: 8173-8963.

Centur faz campanha para arrecadar instrumentos

Você tem em casa um violão parado? Pode ser arranhado, empenado ou até quebrado. Traga ele para ganhar vida nova em outras mãos! Essa é a ideia do projeto Corda Livre, que levará oportunidades de trabalho e do ensino musical para a população paraense. Esta é a segunda edição do projeto e a campanha para arrecadação de instrumentos de cordas já começou.

O Corda Livre é uma parceria da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) Neves e oferece – inicialmente - oficinas de reparo e confecção de instrumentos para detentos do sistema penal paraense.

Após as oficinas, os detentos irão trabalhar com os violões, cavacos, bandolins e outros materiais doados pela população. Os instrumentos restaurados ou confeccionados serão utilizados no projeto Sala de Cordas, também da Fundação Tancredo Neves, que oferece oficinas gratuitas de violão para comunidades e escolas públicas de todo o Estado do Pará.

Qualquer pessoa que tiver um violão ou outro instrumento de corda inutilizado – seja cavaco, banjo, bandolim, etc - pode ligar para a Gerência de Linguagem Sonora da Fundação Tancredo Neves, que a equipe do projeto vai até a residência buscar a doação.

O interessado também pode doar o instrumento diretamente na Gerência, que fica no 4º andar do Centur. São aceitos instrumentos em qualquer estado (arranhado, empenado, danificado), o que importa é a doação e a matéria-prima para a lutheria.

Show Corda Livre II - A campanha do projeto Corda Livre também contará com o espetáculo Corda Livre II que levará cerca de 30 violonistas ao palco do Teatro Margarida Schivasppa. O show está previsto para o dia 22 de setembro, e na ocasião também serão recebidas doações de instrumentos.

O público poderá conferir o talento de músicos como Nego Nelson, Bob Freitas, Danny Lúcio, Camila Alves, Cibele Gemima, Ziza Padilha, Gerson Araújo, Gil Barata, Salomão Habib, dentre outros. A entrada será franca.

A primeira edição do espetáculo Corda Livre ocorreu no dia 27 de agosto do ano passado e movimentou as doações do projeto, que totalizaram 38 instrumentos.

Serviço:

Já começou a campanha de doação de instrumentos para a segunda edição do projeto Corda Livre, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves em parceira com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe). Doações no 4º andar do Centur (Gentil, 650), na Gerência de Linguagem Sonora, ou arrecadação diretamente na residência da pessoa. Contato pelo telefone 3202 -4369 ou 9633 – 3686.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Festival da RBA consolida talento paraense




Festival mostrou a trajetória de artistas dedicados á músicaMais do que um determinado gênero, um ritmo ou uma letra, a maior estrela do I Festival de Música Popular Paraense, promovido pela RBA, foi mesmo o talento dos artistas. Na noite da última quinta-feira, dia 6, os doze selecionados entre os mais de 600 inscritos puderam mostrar o fruto de uma trajetória dedicada à música, uma dedicação que muitas vezes não é reconhecida, sobretudo numa região carente de investimentos em cultura.

Numa iniciativa inédita, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação, com apoio da Vale, trouxe de volta o clima dos grandes festivais, que fazem parte da memória cultural brasileira e até hoje movimentam artistas e público em torno da música de qualidade.

Nos bastidores, muito nervosismo. No palco, intérpretes defenderam com orgulho trabalhos autorais que representam um pouco da enorme variedade cultural da região amazônica.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Heraldo arrebentando



NÃO É MEU ESTILO DE MÚSICA, MAS DIVULGO POR SER UMA BANDA DA TERRA QUE FAZ SUCESSO FORA DO ESTADO E TAMBÉM POR TER COMO INTEGRANTE UMA PESSOA QUE TAMBÉM CURTE E AMA AS COISAS DAQUI. PARABÉNS PELO SUCESSO, HERALDO E COMPANHIA DO CALYPSO

quarta-feira, agosto 12, 2009

Diretor da ópera Romeu e Julieta se diz encantado com o Theatro da Paz

Ele observa atentamente cada detalhe da encenação, atento aos movimentos de atores, cantores e bailarinos. Com um caderno de anotações e olhar arguto, anota detalhes que, avalia, podem ficar como estão - ou, de repente, ser modificados. William Ferrara, diretor cênico da ópera "Romeu e Julieta", volta a Belém para dar sua privilegiada visão à apresentação que abre o III Festival Internacional de Ópera da Amazônia, na próxima sexta-feira, 14. O desafio é grande, especialmente quando se considera um espetáculo grandioso, que reúne mais de 140 artistas no palco.


A ópera "Romeu e Julieta", de Charles Gounod (1818-1893), foi encenada pela primeira vez em 1867, o ano em que foi escrita, no Teatro Lírico Imperial de Chatelet, em Paris. Em Belém, a primeira e única apresentação foi em 1906, por uma companhia francesa. Com libreto do poeta francês Jules Barbier e do libretista Michel Carré, a peça emocionou a plateia que viu sua estreia. "Era como um retorno da obra homônima já consagrada de Shakespeare", conta o norte-americano, que desfruta de uma reputação internacional como diretor e professor de cena para cantores profissionais.


Professor da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, William Ferrara já dirigiu mais de mil produções de peças, musicais, operetas e óperas em colégios e teatros regionais naquele país. Recebeu o título de mestre de Música em Direção de Ópera da Universidade de Indiana (EUA), em 1981, e continuou seus estudos com diretores das maiores casas de ópera do mundo. Foi nomeado diretor de ópera da Universidade de Oklahoma em 1995 e revitalizou a apresentação e o programa de aprendizado.


A Ópera da Universidade de Oklahoma vem ganhando reputação nacional por excelência em ensino e apresentação, atraindo estudantes de todo o país e do mundo. "Trabalho muito com jovens. Gosto de ensinar ópera e ver os talentos que surgem para manter essa arte viva", conta ele, que já encenou "Romeu e Julieta" nos Estados Unidos. "Essa é uma peça que me dá oportunidade de usar muitos elementos shakespeareanos", explica. "Muito da tragédia original está lá. É um tema que gosto de trabalhar", continua ele, que também já fez "West side story", a versão moderna da tragédia dos amantes de Shakespeare.


No Pará, o diretor elogia a equipe que faz o espetáculo ganhar vida. "Os cantores são muito talentosos e a equipe de apoio é formidável. E preciso fazer uma menção especial aos músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, que, apesar de não ter a tradição musical que temos nos Estados Unidos, têm a dádiva do talento e da dedicação", destaca o diretor, que se diz encantado com o Theatro da Paz a cada vez que vem ao Pará. A arquitetura e a própria maneira como o palco foi criado, com uma inclinação específica, fazem dele o lugar ideal para se encenar óperas, diz.


"Essa é a minha terceira participação no Festival de Ópera da Amazônia e, novamente, é um prazer muito grande poder trabalhar nesse que, posso assegurar, é um dos melhores e mais bonitos teatros do mundo", reforça o diretor, com a autoridade de quem já se apresentou nas principais casas de ópera. "Para mim, essa é a vantagem de Belém sobre outras cidades do Brasil. O Theatro da Paz consegue reunir num mesmo lugar pessoas de todos os tipos e de várias culturas, do mundo inteiro. É um espaço que congrega expressões diversas, que devia ser celebrado e mantido com todo respeito e carinho", assevera.


Serviço - III Festival Internacional de Ópera da Amazônia. De 14 de agosto a 19 de setembro de 2009, no Theatro da Paz. Realização: Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do teatro. Ingressos para a ópera "Romeu e Julieta": R$ 30 (paraíso), R$ 40 (camarote de 2ª, galeria proscênio PE) e R$ 50 (plateia, varanda, frisa e camarote de 1ª). Para a ópera "La Cambiale di Matrimonio", os ingressos têm preço único de R$ 20. As demais apresentações terão entrada gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do Theatro da Paz, a partir das 9 horas do dia do espetáculo. Em todos os espetáculos aceita-se meia-entrada.

Índios paraenses discutem seu próprio caminho

Indígenas de 41 etnias do Pará discutem, em Belém, os rumos da educação escolar indígena no Estado. A garantia de pactuar compromissos que vão garantir a educação escolar em aldeias paraenses é da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que promove a 1ª Conferência Regional Escolar Indígena, em ação conjunta com o Ministério da Educação (MEC).

A solenidade de abertura na noite de segunda-feira (10), foi marcada por danças e manifestações culturais de indígenas que estarão reunidos até o dia 14, no Parque dos Igarapés. O evento dá continuidade à primeira fase do evento, ocorrido em Marabá, no período de 27 a 31 de julho, durante a versão estadual, realizada no município de Bom Jesus do Tocantins, sul do Pará.

A Conferência em Belém reúne todos os eixos temáticos voltados à questão indígena que estarão sendo discutidos durante a Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, em Brasília, de 21 a 25 de setembro.

Os participantes foram saudados e receberam as boas vindas ao evento da coordenadora de educação escolar indígena da Seduc, Puyr Tembé.

Todas as regiões do Estado estão representadas na conferência, se consolidando com um fórum de debates sobre as questões indígenas, pontuou Sheila Juruna, da região de Altamira. “Aqui estão as comunidades de base que vão discutir a educação. Nós estamos esperando as respostas para as nossas perguntas”.

O coordenador de educação escolar do MEC, Gersen Baniwa, observou que o Brasil tem uma história de complexidade quando se trata de educação, pois não é à toa que após 509 anos realiza a 1ª Conferência Escolar Indígena, o que demonstra o conservadorismo da educação brasileira. Ele destacou que na área da saúde indígena já foram realizadas três conferências. Baniwa encorajou os índios, caciques e a sociedade civil a lutar buscando o diálogo com os dirigentes políticos. “A nossa força é o nosso poder de convencimento”, concluiu.

O representante da secretária de Educação, Wilson Barroso, ressaltou que “nós não temos uma educação indígena voltada para os indígenas por conta da educação colonizadora. Mas, o cenário está mudando, graças a atitude do governo popular que tem cor e ideologia e que está ao lado das causas sociais”. Barroso encerrou afirmando que todos são importantes para mudar os indicadores ao longo dos 509 anos.

Programação – No primeiro dia de conferência, pela manhã foi apresentado e aprovado o documento base e o regimento interno, apresentação e aprovação da programação e acordo de convivência. À tarde, será formada a primeira mesa temática, sob o tema “Políticas, Gestão e Financiamento da Educação Escolar Indígena”, que reúne palestrantes do MEC, Seduc, Funai e Undime.

Ao todo, cinco mesas temáticas com eixos de discussão estarão sendo amplamente debatidos até o dia 14, entre elas, “Educação Escolar, Territorialidade e Autonomia dos Povos Indígenas”, “Participação e Controle Social”, Diretrizes para a Educação Escolar Indígena” e “Práticas Pedagógicas Indígenas”.

A cerimônia de abertura foi prestigiada por autoridades engajadas na luta indígena, como o presidente da Fundação Curro velho, Walmir Bispo; André Ramos, que representou o titular da Fundação Nacional do Índio (Funai); Carlos Henrique, representante da Secretaria de Estado de Cultura (Secult); Sheila Juruna e Paulinho Payakan, representantes das organizações indígenas; e Gersen Baniwa, coordenador de Educação Escolar Indígena do MEC.


Seel participa - O secretário de Estado de Esporte e Lazer, Albertio Leão esteve na abertura da I Conferência Regional de Educação Escolar Indígena. O secretário destacou o reinicio das atividades do Projeto Aldeia Solidária, recentemente, nas aldeias Suruí Sororó em Marabá e Assurini do Trocará, em Tucuruí. A perspectiva da secretaria é ainda este ano ampliar o projeto para mais duas aldeias: Wai-wai e Kayapós.


O secretário disse também que os Jogos Indígenas teve seu projeto apresentado este ano pelo Comitê Intertribal, sendo aprovado pelo Ministério do Esporte para captação de recursos e está previsto para acontecerem no Estado do Pará, ainda na segunda quinzena de outubro.


Outra iniciativa citada para o público indígena foi a caminhada Vivicittá (viver a cidade) que acontece todo ano, ao redor do mundo e pela primeira vez em Belém, marcou o início da programação da III Semana dos Povos Indígenas do Pará, cumprindo assim o protocolo de intenções, assinado entre a UISP (União Italiana Esporte para Todos) e a Seel, durante o Fórum Social Mundial e que em recente viagem à Itália, reuniu-se com os dirigentes da entidade e obteve sinal positivo dos parceiros, que se dispuseram a levar à União Européia, a idéia de apoiar projeto Aldeia Solidária para 55 aldeias no Pará.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Festival de Ourém é adiado pela crise na cultura

O Festival da Canção Ouremense, um dos maiores e mais antigos eventos de música do norte do país, também sofre os reflexos da crise econômica e do corte de recursos destinados à cultura no Estado. Diante do quadro, a Prefeitura de Ourém, responsável pelo evento, decidiu adiar a próxima edição do festival, que é tradicionalmente realizado em julho. A previsão é para agosto, mas ainda não há confirmação.

“O principal motivo (do adiamento) é encontrarmos um contexto econômico geral que nos garanta a realização do evento com a qualidade que desejamos”, diz Inacilene Costa, secretária de Cultura de Ourém. Ela afirma que a prefeitura, que assumiu este ano, ainda está “arrumando a casa” e pagando dívidas anteriores.

Em reação à crise no festival, um grupo de artistas locais, encabeçado pelo produtor cultural Arlindo Matos, se organiza em defesa do evento. “O festival é o ícone maior da cultura da nossa região. A não realização dele este ano deixou uma lacuna durante o veraneio de Ourém. Devemos pensar em novas alternativas, quem sabe até num novo festival”, propõe Arlindo.

No entanto, Inacilene Costa garante que o festival vai, sim, ocorrer este ano, “independentemente dos apoios e investimentos externos”. “Estamos captando recursos com a iniciativa privada. Fora o atraso, tudo está ocorrendo como previsto. Os planos são, inclusive, de aumentar a premiação este ano”, diz ela.

Realizado desde 1983, o festival reúne todo mês de julho, no município de Ourém, nordeste do Estado, os maiores compositores, cantores e intérpretes da música paraense. O evento, que começou com a iniciativa de um grupo de jovens do município, atrai artistas de todo o país, motivados ainda pelos grandes festivais de música que ocorriam no Brasil desde a década de 1960. Segundo a Prefeitura de Ourém, durante os três dias de competição, realizada na Concha Acústica, a cidade recebe, em média, dez mil visitantes.

Secult diz que ainda não recebeu o projeto
Os efeitos da crise têm reverberado no setor cultural paraense, e a palavra de ordem é contingenciamento. Órgãos de cultura tiveram seus horários de funcionamento reduzidos. Programações e investimentos foram adiados.

Não foi diferente no caso do Festival da Canção de Ourém. O financiamento do evento, que sempre coube ao Governo do Estado, via Fundação Cultural Tancredo Neves (Centur), corre o risco de ser prejudicado. “A missão da fundação é apoiar a cultura local, mas o nosso orçamento há algum tempo está comprometido. Não podemos investir este ano na maioria dos projetos que usualmente costumávamos investir. Do jeito que as coisas vão, não haverá verba para este também”, afirma um assessor da Fundação Tancredo Neves que prefere não se identificar.

O decreto 1.618 (23/4) que regulamenta a atual política de contenções do governo foi prorrogado até dezembro. As reduções visam especialmente gastos administrativos, como o consumo de água, luz, combustível e ainda telefonia móvel e fixa nas repartições públicas. A expectativa com essas medidas é o corte de até 30% do custeio. Mas os projetos culturais não estão imunes às reduções.

Na Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a informação é que a Prefeitura de Ourém não deu entrada no projeto do festival solicitando apoio financeiro. E mesmo se o projeto for aprovado pela Secult, não há garantias de que haverá o recurso pleiteado. “Depende muito de como vai estar nosso orçamento na ocasião da entrada do projeto. Os nossos recursos estão pulverizados em várias ações. Mas nenhum projeto deixará de acontecer, apenas terão que ser ajustados à nova realidade”, diz um assessor.

Edição quer contemplar músicos do interior

Da década de 80 até hoje o Festival da Canção em Ourém sofreu várias modificações, tendo ocorrido inclusive o cancelamento do evento em algumas edições. Ou seja, apesar da sua perenidade, o evento nunca foi imune às crises e mudanças, tendo que se adequar às elaborações culturais dos diversos gestores e aos recursos captados ao longo dos anos.

O modelo proposto para este ano tem como prioridade contemplar os músicos de Ourém e do Polo Capim.

Segundo o edital, três músicas do município e duas do polo devem ser finalistas. Este recurso, de acordo com a organização do evento, serve como estímulo para a participação de músicos do interior do Estado.

Os músicos apoiam essa mudança. “Essa política é necessária por que falta infraestrutura para os músicos da terra. Faltam estúdios, espaço, muitos não têm sequer seu próprio instrumento. Mas, o investimento na cena musical tem de ser contínuo. Caso contrário, nunca vamos acabar com a impressão de que o Festival de Ourém é elitizado, feito para os músicos de Belém. Tem que se achar uma forma de inserir os músicos do município de forma completa”, comenta Fábio Cavalcante, veterano do Festival de Ourém e que morou por cinco anos na região.

Com ou sem festival, Ourém já está em polvorosa. “Admito que o festival não é para todos os gostos, mas mesmo quem não gostava do festival na cidade sentiu a falta dele agora em julho. A minha ideia é fazer um festival da canção alternativo, no Morro da Capelinha, para oferecer uma alternativa à cultura da

Governadora anuncia criação de 60 novos pontos de cultura no Pará





O Pará ganhará 60 novos pontos de cultura, além de 48 espaços de leitura e 48 brinquedotecas, distribuídos por todas as regiões do Estado. O anúncio foi feito pela governadora Ana Júlia Carepa nesta sexta-feira (24), em Curuçá, durante o quarto dia do Circuito Cultural Paraense promovido no município pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult).


Ao lado do secretário estadual de Cultura, Edilson Moura, Ana Júlia Carepa adiantou que o convênio que garantirá a implantação dos novos espaços, em parceria com o governo federal, será assinado com ministro da Cultura, Juca Ferreira, em agosto. Os novos espaços culturais serão instalados em instituições que atuam na área cultural e foram selecionadas por edital para receber apoio para o desenvolvimento de ações culturais.


A governadora também ressaltou a importância do Circuito Cultural Paraense e da descentralização das ações da cultura. "O Circuito é um sucesso, agrega associações e grupos de diversos municípios, integrando o Estado. Todas as nossas políticas têm essa marca e o secretário Edilson abraçou esse compromisso. Investir em cultura é investir no que temos de mais importante, que é a nossa identidade, e é um investimento social, pois os jovens passam a ter outra perspectiva de vida".


Edilson Moura garantiu que o Circuito Cultural Paraense continuará acontecendo em outras cidades paraenses, como Marabá e Tucuruí, onde chegará este ano. "Estamos promovendo a troca entre os municípios e valorizando a cultura do Pará, respeitando a diversidade de manifestações." A governadora chegou ao município no final da tarde de sexta para prestigiar o evento e foi recebida por um cortejo de grupos culturais de diferentes lugares, como o Boi Faceiro, de São Caetano de Odivelas, o Grupo de Carimbó Uirapuru, de Marapanim, e o Clube Musical de Curuçá.


No Bosque da Igualdade, local das atividades do Circuito Cultural, Ana Júlia Carepa visitou a Casa de Farinha, onde viu como são feitos vários derivados da mandioca, visitou as barracas com produtos artesanais dos municípios participantes desta etapa do Circuito e também a Casa de Cultura. Ela ainda entregou certificados a participantes das oficinas oferecidas na programação, como as de rádio, de jornal impresso e de pintura mural.

sábado, agosto 01, 2009

Mestre Verequete abre a comemoração de seus 93 anos no São José Liberto




Ícone da cultura popular paraense, mestre Verequete ao lado do então ministro da Cultura, Gilberto Gil, da governadora Ana Júlia e de Pinduca



Ele é considerado o "rei dos tambores", e sua história com o carimbó começou ainda na infância, ao acompanhar o pai em brincadeiras como boi bumbá. Com o tempo, o menino registrado como Augusto Gomes Rodrigues, nascido em 26 de agosto de 1916 no município de Bragança, nordeste paraense, acabou ganhando fama e respeito com o apelido de Verequete, o Mestre Verequete, que neste ano completa 93 anos de uma vida dedicada a difundir o folclore paraense pelo mundo.


Neste domingo (2), a partir de 17h30, as comemorações pelo aniversário de Mestre Verequete serão abertas no Espaço São José Liberto, quando o carimbó de pau e corda tomará conta do Coliseu das Artes. Com entrada franca, a apresentação também abre a programação cultural de agosto do São José Liberto.


Verdadeiro ícone da cultura paraense, Mestre Verequete já levou suas músicas a muitos lugares. Sua história virou filme, com o título de "Chama Verequete" - nome de uma de suas músicas mais conhecidas -, ganhador do Kikito de Ouro na categoria curta metragem no Festival de Gramado, um dos mais reconhecidos festivais de cinema do país. Em Brasília, Verequete recebeu do governo federal o título de Comendador da República.


Ao longo da carreira, ele já gravou dez discos e quatro CDs. Uma produção que lhe concedeu o Prêmio de Culturas Populares Mestre Humberto Maracanã, concedido pelo Ministério da Cultura.


Folclore - As manifestações folclóricas dominam a agenda cultural do São José Liberto, em homenagem ao Dia Nacional do Folclore (22). Aos domingos, sempre a partir de 17h30, o público poderá ver dança e música regional no trabalho de cantores, instrumentistas e dançarinos dos grupos Paranativo, Uirapuru, Tribo dos Carajás e Charme Caboclo. Apenas o grupo Os Baioaras se apresentará no sábado (22).


Paralelamente à programação folclórica, a agenda cultural tem atração toda terça-feira, com o programa Timbres, mostrando na Capela a produção de música instrumental do Estado. Gravado sempre a partir de 18 horas, o programa é exibido pela Rádio e TV Cultura do Pará. Na primeira terça-feira de agosto (4), a atração será o Grupo Maestoso.


Na quinta-feira (6), a Escola de Dança Clara Pinto estará no Coliseu das Artes, a partir de 16h30, desenvolvendo um trabalho coreográfico com os alunos. No mesmo dia, às 19 horas, será aberta a exposição "Natureza forte - Joias e Adornos para Homens", no espaço de exposições da Casa do Artesão, promovida pelo governo do Estado, via Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect) e Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), instituição que gerencia o Espaço São José Liberto/Polo Joalheiro.


Capacitação - A partir de segunda-feira (10), o Igama promoverá o II Workshop Internacional em Marketing, Design e Ourivesaria, que trará a Belém os italianos Cláudio Franchi (ourives especializado em peças de ouro e prata, restaurador e escultor), Stefano Ricci (designer de joias) e Marco Fasoli (professor e especialista em marketing). Ricci e Fasoli estiveram em Belém em 2008, ministrando o primeiro workshop.


O evento acontecerá até 28 de agosto, no Espaço São José Liberto e na Estação das Docas, com o objetivo de capacitar os profissionais vinculados ao Polo Joalheiro (ourives, designers, lapidários, artesãos e produtores de embalagens artesanais), além de estudantes e professores de áreas afins.


O II Workshop Internacional em Marketing, Design e Ourivesaria é promovido pelo Igama, Sedect e Sebrae-Pará, em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Organização Social Pará 2000, que gerencia a Estação das Docas, o Feliz Lusitânia e o Mangal das Garças.


A seguir, a programação cultural de agosto.


Domingo, dia 2


17h30 - Mestre Verequete e Grupo de Carimbó


Terça-feira, dia 4


18h - Programa Timbres - Quarteto Maestoso


Quinta-feira, dia 6


16h30 - Apresentação de Dança Escola Clara Pinto


Domingo, dia 9


17h30 - Grupo Parafolclórico Paranativo


Domingo, dia 16


17h30 - Grupo Parafolclórico Uirapuru


Sábado, dia 22 - Dia Nacional do Folclore


17h30 - Grupo Parafolclórico Os Baioaras


Domingo, dia 23


17h30 - Grupo Parafolclórico Tribo dos Carajás


Domingo, dia 31


17h30 - Grupo de Expressão Folclórica Charme Caboclo

NOTÍCIAS CULTURAIS DO IAP

DANÇAS CIRCULARES - O Instituto de Artes do Pará (IAP) dá continuidade ao projeto Roda de Danças Circulares, com atividades nos dias 3, 17 e 31 de agosto, sempre às 18h30, no anfiteatro do instituto. Aberta à comunidade, a Roda de Danças Circulares promove a dança de diferentes etnias para celebrar a vida, e tem parceria do Instituto Ocara. O IAP fica no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.

Oficina de dança - Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (SP) realizam, nos dias 3 e 4 de agosto, de 14h às 18h, uma oficina de dança no Instituto de Artes do Pará (IAP). Durante a atividade, os participantes poderão trabalhar uma linguagem de dança que parte das danças populares brasileiras. São ofertadas 25 vagas, com inscrições gratuitas. A oficina integra o Projeto Palco Giratório, realizado pelo Sesc Nacional e que no Pará tem parceria do governo do Estado. O IAP fica no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Pensamento Giratório - A Cia. Experimental de Dança Waldete Brito apresenta no dia 5 de agosto, às 19h30, na Sala de Dança do Instituto de Artes do Pará (IAP), o espetáculo "Por onde se vê", em que a poética coreográfica é semelhante a uma exposição de artes plásticas. Após o espetáculo, haverá troca de ideias entre integrantes da companhia e os artistas Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (SP), com participação do público. A atividade integra o Projeto Palco Giratório, realizado pelo Sesc Nacional e que no Pará tem parceria do governo do Estado. O IAP fica no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Diálogos França e Pará - Exibição de filmes, debates, mesas redondas e oficina de videoarte compõem a programação Diálogos França e Pará, que acontece de 5 a 10 de agosto, no Instituto de Artes do Pará (IAP). Inscrições para a oficina até dia 31, de 9h às 14h, no Núcleo de Produção Digital/ IAP (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica). Toda a programação tem entrada franca. Realização: Comissariado Geral Brasileiro, Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores, Solidarité Provence /Amérique du Sud e Governo do Pará/ Secretaria de Estado de Cultura/ IAP. Informações: 4006-2945/ 2947 e no blog http://www.iap.pa.gov.br/blog.


Espetáculo de dança - Nos dias 7, 8 e 9 de agosto, o Instituto de Artes do Pará (IAP) apresenta o espetáculo "Inferência", do grupo de dança Ney Moraes, de Caxias do Sul (RS). O espetáculo busca alargar o vocabulário da dança contemporânea, propondo novos caminhos para a movimentação corporal. As apresentações têm entrada franca e acontecem nos seguintes horários: dias 7 e 8, às 20h, e dia 09, às 19h, na Sala de Dança do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica). Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Workshop Body Motion - Bailarinos, coreógrafos, professores de dança e atores estão convidados a participar da oficina Body Motion, com Ney Moraes (RS), que será realizada no Instituto de Artes do Pará (IAP), no dia 8 de agosto, de 15h às 17h. São ofertadas 30 vagas. A atividade tem como objetivo vivenciar a experimentação da movimentação do coreógrafo, permitindo alargar as fontes de informação e reconhecimento de mais uma forma de expressão e criação. Inscrições gratuitas na Gerência de Artes Cênicas e Musicais do IAP (no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica). Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Aperfeiçoamento em dança - A coreógrafa Isabel Marques (SP) ministra, entre os dias 10 e 14 de agosto, de 15h às 18h, a oficina Aperfeiçoamento na Linguagem da Dança - Princípios Rudolf Laban (4º módulo). Estudo teórico e prático dos elementos da linguagem da dança segundo Rudolf Laban, a atividade é voltada a bailarinos, coreógrafos, intérpretes-criadores, pesquisadores e educadores. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na Gerência de Artes Cênicas e Musicais do IAP (no bairro de Nazaré, ao lado da Basílica). Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Compositores paraenses - A professora Lenora Brito ministra uma palestra sobre o compositor Tó Teixeira, dia 12 de agosto, às 16h, no auditório do Instituto de Artes do Pará (IAP). A palestra faz parte do projeto Compositores Paraenses e sua História, realizado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa) com apoio do IAP. A entrada é franca. O IAP fica em Nazaré, ao lado da Basílica. Informações: 4006-2915/ 2916/ 2926.


Danças Circulares Hebraicas - Frida Zalcman ministra o workshop Danças Circulares Hebraicas, no Instituto de Artes do Pará (IAP), entre os dias 21 e 23 de agosto. A atividade é realizada pelo Instituto Ocara, com apoio do IAP. Mais informações: 8847-3264 (Ana Cláudia Costa).


Mais informações: Assessoria de Marketing Cultural e Comunicação Social / Márcia Carvalho (9999-4563) / Telefones: 4006-2945/2918

quarta-feira, julho 22, 2009

Hist´toria de Belém

História
A região onde a atual cidade se localiza era primitivamente ocupada pelos Tupinambás.

O estabelecimento do primitivo núcleo do município remonta ao contexto da conquista da foz do rio Amazonas, à época da Dinastia Filipina, por forças luso-espanholas sob o comando do capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, quando, a 12 de janeiro de 1616, fundou o Forte do Presépio.

A povoação que se formou ao seu redor foi inicialmente denominada de Feliz Lusitânia. Posteriormente foi sucessivamente denominada como Santa Maria do Grão Pará, Santa Maria de Belém do Grão Pará, até à atual denominação de Belém. Belém foi a primeira capital da Amazônia. [9]

Nesse período ao lado da atividade de coleta das chamadas drogas do Sertão a economia era baseada na agricultura de subsistência, complementada por uma pequena atividade pecuária e pela pesca praticada por pequenos produtores que habitavam, principalmente, na ilha do Marajó e na ilha de Vigia. Distante dos núcleos decisórios das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil e fortemente ligada a Portugal, Belém reconheceu a Independência do Brasil apenas a 15 de agosto de 1823, quase um ano após a sua proclamação.


[editar] Era da Borracha
Na Era da Borracha ou Ciclo da Borracha, Belém vivenciou a Belle Époque, momentos de luxo e glamour. Belém e Manaus eram na época consideradas as cidades brasileiras das mais desenvolvidas e umas das mais prósperas do mundo, principalmente Belém, não só pela sua posição estratégica - quase no litoral -, mas também porque sediava um maior número de residências de seringalistas, casas bancárias e outras importantes instituições que Manaus.


Belém ficou conhecida como Paris N'América no Ciclo da Borracha.O apogeu foi entre 1890 e 1920, gozando de tecnologias que outras cidades do sul e sudeste do Brasil ainda não possuíam. A cidade possuía o Cinema Olympia (até hoje possui, sendo o cinema mais antigo do Brasil em funcionamento), considerado um dos mais luxuosos e modernos de seu tempo, inaugurado em 21 de abril de 1912 no auge do cinema mudo internacional. A cidade possui o famoso Teatro da Paz, considerado um dos mais belos do Brasil, inspirado no Teatro Scala, de Milão, o mercado do Ver-o-Peso, a maior feira livre da América Latina,o Palácio Antônio Lemos, o Colégio Gentil Bittencourt e Praça Batista Campos.

Pela mesma razão, foram atraídas nesse período levas de imigrantes estrangeiros como portugueses, chineses, franceses, japoneses, espanhóis e outros grupos menores, com o fim de desenvolverem a agricultura nas terras da Zona Bragantina.

A comarca da capital, com sede em Belém, envolvia além do seu município, os de Acará, Ourém e Guamá. Possuía quinze freguesias: a de Nossa Senhora da Graça da Sé, Sant'Ana da Campina, Santíssima Trindade e Nossa Senhora de Nazareth do Desterro, estas na capital. No interior as de São José do Acará, de São Francisco Xavier de Barcarena, de Nossa Senhora da Conceição de Benfica, de Sant'Ana de Bujaru, de Nossa Senhora do Ó do Mosqueiro, de Sant'Ana do Capim, de São Domingos da Boa Vista, de São João Batista do Conde, de São Miguel do Guamá, de Nossa Senhora da Piedade de Irituia e do Divino Espírito Santo de Ourém.

Observa-se que nessa época o indígena teve participação direta na economia local, por já está mais reservado nas áreas afastadas dos centros urbanos vivendo sua própria cultura, depois de ter enfrentado por muitas vezes os colonizadores em muitos conflitos.

Cresceu, em contrapartida, o comércio de escravos trazidos para os trabalhos gerais necessários e surgiu a figura do caboclo que já se desenvolvia com a miscigenação.


Memorial da Cabanagem, projetado por Oscar Niemeyer.
[editar] Cabanagem
Ver artigo principal: Cabanagem
Entre os anos de 1835 e 1840 o município esteve no centro da revolta dos Cabanos, considerada a de participação mais autenticamente popular da história do país, única onde a população efetivamente derrubou o governo local. Posteriormente receberia o título de Imperial Município, conferido por D. Pedro II (1840-1889). Entre as causas dessa revolta citam-se a extrema miséria do povo paraense e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil. A denominação Cabanagem remete ao tipo de habitação da população ribeirinha mais pobre, formada principalmente por mestiços, escravos libertos e índios. A elite fazendeira do Grão-Pará, embora morasse muito melhor, ressentia-se da falta de participação nas decisões do governo central, dominado pelas províncias do Sudeste e do Nordeste.

O CICLO DA BORRACHA

O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da história econômica e social do Brasil, estando relacionado com a extração e comercialização da borracha. Este ciclo teve o seu centro na região amazônica, proporcionando grande expansão da colonização, atraindo riqueza e causando transformações culturais e sociais, além de dar grande impulso às cidades de Manaus, Porto Velho e Belém, até hoje maiores centros e capitais de seus Estados, Amazonas, Rondônia e Pará, respectivamente. No mesmo período foi criado o Território Federal do Acre, atual Estado do Acre, cuja área foi adquirida da Bolívia por meio de uma compra por 2 milhões de libras esterlinas em 1903. O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945 durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

Índice [esconder]
1 Linhas gerais
2 O primeiro ciclo da borracha - 1879/1912
2.1 Borracha: lucro certo
3 Projetos de uma ferrovia para escoar a produção da borracha
3.1 A Questão do Acre
3.2 Madeira-Mamoré, finalmente pronta. Mas para quê?
4 Apogeu, requinte e luxo
5 O fim do monopólio amazônico da borracha
6 O segundo ciclo da borracha - 1942/1945
6.1 A Batalha da Borracha
6.2 O kit básico
6.3 Um caminho sem volta
6.4 Apontamentos finais
6.5 Bibliografia
6.6 Ligações externas



[editar] Linhas gerais

Extração de látex de uma seringueira.A primeira fábrica de produtos de borracha (ligas elásticas e suspensórios) surgiu na França, em Paris, no ano de 1803. Contudo, o material ainda apresentava algumas desvantagens: à temperatura ambiente, a goma mostrava-se pegajosa. Com o aumento da temperatura, a goma ficava ainda mais mole e pegajosa, ao passo que a diminuição da temperatura era acompanhada do endurecimento e rigidez da borracha.

Foram os índios centro-americanos os primeiros a descobrir e fazer uso das propriedades singulares da borracha natural. Entretanto, foi na floresta amazônica que de fato se desenvolveu a atividade da extração da borracha, a partir da seringa ou seringueira (Hevea brasiliensis), uma árvore que pertence à família das Euphorbiaceae, também conhecida como árvore da fortuna.

Do caule da seringueira é extraído um líquido branco, chamado látex, em cuja composição ocorre, em média, 35% de hidrocarbonetos, destacando-se o 2-metil-1,3-butadieno (C5H8), comercialmente conhecido como isopreno, o monômero da borracha.

O látex é uma substância praticamente neutra, com pH 7,0 a 7,2. Mas, quando exposta ao ar por um período de 12 a 24 horas, o pH cai para 5,0 e sofre coagulação espontânea, formando o polímero que é a borracha, representada por (C5H8)n, onde n é da ordem de 10.000 e apresenta massa molecular média de 600 000 a 950 000 g/mol.

A borracha, assim obtida, possui desvantagens. Por exemplo, a exposição ao ar provoca a mistura com outros materiais (detritos diversos), o que a torna perecível e putrefável, bem como pegajosa devido à influência da temperatura. Através de um tratamento industrial, eliminam-se do coágulo as impurezas e submete-se a borracha resultante a um processo denominado vulcanização, resultando a eliminação das propriedades indesejáveis. Torna-se assim imperecível, resistente a solventes e a variações de temperatura, adquirindo excelentes propriedades mecânicas e perdendo o carácter pegajoso.


[editar] O primeiro ciclo da borracha - 1879/1912
Durante os primeiros quatro séculos e meio do descobrimento, como não foram encontradas riquezas de ouro ou minerais preciosos na Amazônia, as populações da hiléia brasileira viviam praticamente em isolamento, porque nem a coroa portuguesa e, posteriormente, nem o império brasileiro conseguiram concretizar ações governamentais que incentivassem o progresso na região. Vivendo do extrativismo vegetal, a economia regional se desenvolveu por ciclos (Drogas do Sertão), acompanhando o interesse do mercado nos diversos recursos naturais da região. Para extração da borracha neste período, acontece uma migração de nordestinos, pricipalmente do Ceará, pois o estado sofria as consequências das secas do final do século XIX.


[editar] Borracha: lucro certo

Belém ficou conhecida como Paris n'América no Ciclo da BorrachaO desenvolvimento tecnológico e a Revolução Industrial, na Europa, foram o estopim que fizeram da borracha natural, até então um produto exclusivo da Amazônia, um produto muito procurado e valorizado, gerando lucros e dividendos a quem quer que se aventurasse neste comércio.

Desde o início da segunda metade do século XIX, a borracha passou a exercer forte atração sobre empreendedores visionários. A atividade extrativista do látex na Amazônia revelou-se de imediato muito lucrativa. A borracha natural logo conquistou um lugar de destaque nas indústrias da Europa e da América do Norte, alcançando elevado preço. Isto fez com que diversas pessoas viessem ao Brasil na intenção de conhecer a seringueira e os métodos e processos de extração, a fim de tentar também lucrar de alguma forma com esta riqueza.

A partir da extração da borracha surgiram várias cidades e povoados, depois também transformados em cidades. Belém e Manaus, que já existiam, passaram então por importante transformação e urbanização. Manaus foi a primeira cidade brasileira a ser urbanizada e a segunda a possuir energia elétrica - a primeira foi Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.


[editar] Projetos de uma ferrovia para escoar a produção da borracha

O ciclo da borracha justificou a construção da Estrada de Ferro Madeira-MamoréVer artigo principal: Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
A idéia de construir uma ferrovia nas margens dos rios Madeira e Mamoré surgiu na Bolívia, em 1846. Como o país não tinha como escoar a produção de borracha por seu território, era necessário criar alguma alternativa que possibilitasse exportar a borracha através do Oceano Atlântico.

A idéia inicial optava pela via da navegação fluvial, subindo o rio Mamoré em território boliviano e depois pelo rio Madeira, no Brasil. Mas o percurso fluvial tinha grandes obstáculos: vinte cachoeiras impediam a navegação. E foi aí que cogitou-se a construção de uma estrada de ferro que cobrisse por terra o trecho problemático.

Em 1867, no Brasil, também visando encontrar algum meio que favorecesse o transporte da borracha, os engenheiros José e Francisco Keller organizaram uma grande expedição, explorando a região das cachoeiras do rio Madeira para delimitar o melhor traçado, visando também a instalação de uma ferrovia.

Embora a idéia da navegação fluvial fosse complicada, em 1869, o engenheiro estadunidense George Earl Church obteve do governo da Bolívia a concessão para criar e explorar uma empresa de navegação que ligasse os rios Mamoré e Madeira. Mas, não muito tempo depois, vendo as dificuldades reais desta empreitada, os planos foram definitivamente mudados para a construção de uma ferrovia.

As negociações avançam e, ainda em 1870, o mesmo Church recebe do governo brasileiro a permissão para construir então uma ferrovia ao longo das cachoeiras do Rio Madeira.


[editar] A Questão do Acre
Ver artigo principal: Tratado de Petrópolis
Mas o exagero do extrativismo descontrolado da borracha estava em vias de provocar um conflito internacional. Os trabalhadores brasileiros cada vez mais adentravam nas florestas do território da Bolívia em busca de novas seringueiras para extrair o precioso látex, gerando conflitos e lutas por questões fronteiriças no final do século XIX, que exigiram inclusive a presença do exército, liderado pelo militar José Plácido de Castro.

A república brasileira, recém proclamada, tirava o máximo proveito das riquezas obtidas com a venda da borracha, mas a Questão do Acre (como estavam sendo conhecidos os conflitos fronteiriços por conta do extrativismo da borracha) preocupava.

Foi então a providencial e inteligente intervenção do diplomata Barão do Rio Branco e do embaixador Assis Brasil, em parte financiados pelos barões da borracha, que culminou na assinatura do Tratado de Petrópolis, assinado 17 de novembro de 1903 no governo do presidente Rodrigues Alves. Este tratado pôs fim à contenda com a Bolívia, garantindo o efetivo controle e a posse das terras e florestas do Acre por parte do Brasil.

O Brasil recebeu a posse definitiva da região em troca de terras de Mato Grosso, do pagamento de 2 milhões de libras esterlinas e do compromisso de construir uma ferrovia que superasse o trecho encachoeirado do rio Madeira e que possibilitasse o acesso das mercadorias bolivianas (sendo a borracha o principal), aos portos brasileiros do Atlântico (inicialmente Belém do Pará, na foz do rio Amazonas).

Devido a este episódio histórico, resolvido pacificamente, a capital do Acre recebeu o nome de Rio Branco e dois municípios deste Estado receberam nomes de outras duas importantes personagens: Assis Brasil e Plácido de Castro.


[editar] Madeira-Mamoré, finalmente pronta. Mas para quê?
A ferrovia Madeira-Mamoré, também conhecida como Ferrovia do Diabo por ter causado a morte de cerca de seis mil trabalhadores (comenta a lenda que foi um trabalhador morto para cada dormente fixado nos trilhos), foi encampada pelo megaempresário estadunidense Percival Farquhar. A construção da ferrovia iniciou-se em 1907 durante o governo de Affonso Penna e foi um dos episódios mais significativos da história da ocupação da Amazônia, revelando a clara tentativa de integrá-la ao mercado mundial através da comercialização da borracha.

Em 30 de abril de 1912 foi inaugurado o último trecho da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Tal ocasião registra a chegada do primeiro comboio à cidade de Guajará-Mirim, fundada nessa mesma data.

Mas o destino da ferrovia que foi construída com o propósito principal de escoar a borracha e outros produtos da região amazônica, tanto da Bolívia quanto do Brasil, para os portos do Atlântico, e que dizimara milhares de vidas, foi o pior possível.

Primeiro, porque o preço do látex caiu vertiginosamente no mercado mundial, inviabilizando o comércio da borracha da Amazônia. Depois, devido ao fato de que o transporte de outros produtos que poderia ser feito pela Madeira-Mamoré foi deslocado para outras duas estradas de ferro (uma delas construída no Chile e outra na Argentina) e para o Canal do Panamá, que entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914.

Alie-se a esta conjuntura o fator natureza: a própria floresta amazônica, com seu alto índice de precipitação pluviométrica, se encarregou de destruir trechos inteiros dos trilhos, aterros e pontes, tomando de volta para si grande parte do trajeto que o homem insistira em abrir para construir a Madeira-Mamoré.

A ferrovia foi desativada parcialmente na década de 1930 e totalmente em 1972, ano em que foi inaugurada a Rodovia Transamazônica (BR-230). Atualmente, de um total de 364 quilômetros de extensão, restam apenas 7 quilômetros ativos, que são utilizados para fins turísticos.

A população rondoniense luta para que a tão sonhada revitalização da EFMM saia do papel, mas até à data 1º de dezembro de 2006 a obra ainda nem havia começado. A falta de interesse dos orgãos públicos, em especial das prefeituras, e a burocracia impedem o projeto.


[editar] Apogeu, requinte e luxo

Os novos ricos de Manaus tornaram a cidade a capital mundial da venda de diamantes.Belém, capital do Estado do Pará, assim como Manaus, capital do Estado do Amazonas, eram na época consideradas cidades brasileiras das mais desenvolvidas e umas das mais prósperas do mundo, principalmente Belém, não só pela sua posição estratégica - quase no litoral -, mas também porque sediava um maior número de residências de seringalistas, casas bancárias e outras importantes instituições que Manaus. Ambas possuíam luz elétrica e sistema de água encanada e esgotos. Viveram seu apogeu entre 1890 e 1920, gozando de tecnologias que outras cidades do sul e sudeste do Brasil ainda não possuíam, tais como bondes elétricos, avenidas construídas sobre pântanos aterrados, além de edifícios imponentes e luxuosos, como o requintado Teatro Amazonas, o Palácio do Governo, o Mercado Municipal e o prédio da Alfândega, no caso de Manaus, e o mercado de peixe, mercado de ferro, Teatro da Paz, corredores de mangueiras, diversos palacetes residenciais no caso de Belém, construídos em boa parte pelo intendente Antônio Lemos.


Teatro Amazonas em Manaus, um dos luxuosos edifícios construídos com as fortunas da borracha.O Cinema Olympia, a mais antiga casa de exibição de filmes de Belém, considerada uma das mais luxuosas e modernas de seu tempo, foi inaugurado em 21 de abril de 1912 no auge do cinema mudo internacional, pelos proprietários Antonio Martins e Carlos Augusto Teixeira, à Praça da República , esquina da Rua Macapá.

A construção desse espaço de cultura completava o quadrado, em cujos vértices situavam-se o Palace, Grande Hotel e o Teatro da Paz, local de Reunião da elite de Belém que, elegantemente trajados à moda parisiense assistiam a inauguração ao som de acordes musicais, num ambiente esplendoroso, de bom gosto e de grande animação. A abertura teve como pano de fundo a Belle Époque, ao final do apogeu econômico propiciado pelo período da borracha e o final da intendência de Antônio Lemos, grande transformador urbanista da cidade.


Teatro da Paz em Belém, um dos símbolos do ciclo da borracha.A influência européia logo se fez notar em Manaus e Belém, na arquitetura da construções e no modo de viver, fazendo do século XIX a melhor fase econômica vivida por ambas cidades. A Amazônia era responsável, nessa época, por quase 40% de toda a exportação brasileira. Os novos ricos de Manaus tornaram a cidade a capital mundial da venda de diamantes. Graças à borracha, a renda per capita de Manaus era duas vezes superior à da região produtora de café (São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo).

Moeda da borracha: libra esterlina: como forma de pagamento pela exportação da borracha, os seringalistas recebiam em libra esterlina (£), moeda do Reino Unido, que inclusive era a mesma que circulava em Manaus e Belém durante a Belle Époque amazônica.


[editar] O fim do monopólio amazônico da borracha
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, terminada em 1912, já chegava tarde. A Amazônia já estava perdendo a primazia do monopólio de produção da borracha porque os seringais plantados pelos ingleses na Malásia, no Ceilão e na África tropical, com sementes oriundas da própria Amazônia, passaram a produzir látex com maior eficiência e produtividade. Conseqüentemente, com custos menores e preço final menor, o que os fez assumir o controle do comércio mundial do produto.

A borracha natural da Amazônia passou a ter um preço proibitivo no mercado mundial, tendo como reflexo imediato a estagnação da economia regional. A crise da borracha tornou-se ainda maior porque a falta de visão empresarial e governamental resultou na ausência de alternativas que possibilitassem o desenvolvimento regional, tendo como conseqüência imediata a estagnação também das cidades. A falta não pode ser atribuída apenas aos empresários tidos como barões da borracha e à classe dominante em geral, mas também ao governo e políticos que não incentivaram a criação de projetos administrativos que gerassem um planejamento e um desenvolvimento sustentado da atividade de extração do látex.


A Malásia, que investiu no plantio de seringueiras e em técnicas de extração do látex, foi a principal responsável pela queda do monopólio brasileiroEmbora restando a ferrovia Madeira-Mamoré e as cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim como herança deste apogeu, a crise econômica provocada pelo término do ciclo da borracha deixou marcas profundas em toda a região amazônica: queda na receita dos Estados, alto índice de desemprego, êxodo rural e urbano, sobrados e mansões completamente abandonados, e, principalmente, completa falta de expectativas em relação ao futuro para os que insistiram em permanecer na região.

Os trabalhadores dos seringais, agora desprovidos da renda da extração, fixaram-se na periferia de Manaus em busca de melhores condições de vida. Aí, por falta de habitação, iniciaram, a partir de 1920, a construção da cidade flutuante, gênero de moradia que se consolidaria na década de 1960.

O governo central do Brasil até criou um órgão com o objetivo de contornar a crise, chamado Superintendência de Defesa da Borracha, mas esta superintendência foi ineficiente e não conseguiu garantir ganhos reais, sendo, por esta razão, desativada não muito tempo depois de sua criação.

A partir do final da década de 1920, Henry Ford, o pioneiro da indústria americana de automóveis, empreendeu o cultivo de seringais na Amazônia criando 1927 a cidade de Fordlândia e posteriormente (1934) Belterra, no Oeste do Pará, especialmente para este fim, com técnicas de cultivo e cuidados especiais, mas a iniciativa não logrou êxito já que a plantação foi atacada por uma praga na folhagem conhecida como mal-de-folhas, causada pelo fungo Microcyclus ulei.


[editar] O segundo ciclo da borracha - 1942/1945
A Amazônia viveria outra vez o ciclo da borracha durante a Segunda Guerra Mundial, embora por pouco tempo. Como forças japonesas dominaram militarmente o Pacífico Sul nos primeiros meses de 1942 e invadiram também a Malásia, o controle dos seringais passou a estar nas mãos dos nipônicos, o que culminou na queda de 97% da produção da borracha asiática.

Isto resultaria na implantação de mais alguns elementos, inclusive de infra-estrutura, apenas em Belém, desta vez por parte dos Estados Unidos. A exemplo disso, temos o Banco de Crédito da Borracha, atual Banco da Amazônia; o Grande Hotel, luxuoso hotel construído em Belém em apenas 3 anos, onde hoje é o Hilton Hotel; o aeroporto de Belém; a base aérea de Belém; entre outros.


[editar] A Batalha da Borracha
Com o alistamento de nordestinos, Getúlio Vargas minimizou o problema da seca do nordeste e ao mesmo tempo deu novo ânimo na colonização da Amazônia.

Na ânsia de encontrar um caminho que resolvesse esse impasse e, mesmo, para suprir as Forças Aliadas da borracha então necessária para o material bélico, o governo brasileiro fez um acordo com o governo dos Estados Unidos (Acordos de Washington), que desencadeou uma operação em larga escala de extração de látex na Amazônia - operação que ficou conhecida como a Batalha da Borracha.

Como os seringais estavam abandonados e não mais de 35 mil trabalhadores permaneciam na região, o grande desafio de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, era aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil toneladas, como previa o acordo. Para isso seria necessária a força braçal de 100 mil homens.

O alistamento compulsório em 1943 era feito pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), com sede no nordeste, em Fortaleza, criado pelo então Estado Novo. A escolha do nordeste como sede deveu-se essencialmente como resposta a uma seca devastadora na região e à crise sem precedentes que os camponeses da região enfrentavam.

Além do SEMTA, foram criados pelo governo nesta época, visando a dar suporte à Batalha da borracha, a Superintendência para o Abastecimento do Vale da Amazônia (Sava), o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) e o Serviço de Navegação da Amazônia e de Administração do Porto do Pará (Snapp). Criou-se ainda a instituição chamada Banco de Crédito da Borracha, que seria transformada, em 1950, no Banco de Crédito da Amazônia.

O órgão internacional Rubber Development Corporation (RDC), financiado com capital dos industriais estadunidenses, custeava as despesas do deslocamento dos migrantes (conhecidos à época como brabos). O governo dos Estados Unidos pagava ao governo brasileiro cem dólares por cada trabalhador entregue na Amazônia.


O governo dos Estados Unidos pagava ao governo brasileiro cem dólares por cada trabalhador entregue na AmazôniaMilhares de trabalhadores de várias regiões do Brasil foram compulsoriamente levados à escravidão por dívida e à morte por doenças para as quais não possuíam imunidade. Só do nordeste foram para a Amazônia 54 mil trabalhadores, sendo 30 mil deles apenas do Ceará. Esses novos seringueiros receberam a alcunha de Soldados da Borracha, numa alusão clara de que o papel do seringueiro em suprir as fábricas nos EUA com borracha era tão importante quanto o de combater o regime nazista com armas.

Manaus tinha, em 1849, cinco mil habitantes, e, em meio século, cresceu para 70 mil. Novamente a região experimentou a sensação de riqueza e de pujança. O dinheiro voltou a circular em Manaus, em Belém, em cidades e povoados vizinhos e a economia regional fortaleceu-se.


[editar] O kit básico
Cada migrante assinava um contrato com o SEMTA que previa um pequeno salário para o trabalhador durante a viagem até a Amazônia. Após a chegada, receberiam uma remuneração de 60% de todo capital que fosse obtido com a borracha.

O kit básico dos voluntários, ao assinar o contrato, consistia em:

uma calça de mescla azul
uma blusa de morim branco
um chapéu de palha
um par de alparcatas de rabicho
uma caneca de flandre
um prato fundo
um talher
uma rede
uma carteira de cigarros Colomy
um saco de estopa no lugar da mala
Após recrutados, os voluntários ficavam acampados em alojamentos construídos para este fim, sob rígida vigilância militar, para depois seguirem até à Amazônia, numa viagem que podia demorar de 2 a 3 meses.


[editar] Um caminho sem volta

Mosquito, elemento transmissor da malária e da febre amarela, doenças que causaram muitas mortes aos seringueirosEntretanto, para muitos trabalhadores, este foi um caminho sem volta. Cerca de 30 mil seringueiros morreram abandonados na Amazônia, depois de terem exaurido suas forças extraindo o ouro branco. Morriam de malária, febre amarela, hepatite e atacados por animais como onças, serpentes e escorpiões. O governo brasileiro também não cumpriu a promessa de reconduzir os Soldados da Borracha de volta à sua terra no final da guerra, reconhecidos como heróis e com aposentadoria equiparada à dos militares. Calcula-se que conseguiram voltar ao seu local de origem (a duras penas e por seus próprios meios) cerca de seis mil homens.

Mas quando chegavam tornavam-se escravos por dívida dos coronéis seringueiros e morriam em consequência das doenças, da fome ou assassinados quando resistiam lembrando as regras do contrato com o governo.


[editar] Apontamentos finais
Os finais abruptos do primeiro e do segundo ciclo da borracha demonstraram a incapacidade empresarial e falta de visão da classe dominante e dos políticos da região. O final da guerra conduziu, pela segunda vez, à perda da chance de fazer vingar esta atividade econômica. Não se fomentou qualquer plano de efetivo desenvolvimento sustentado na região, o que gerou reflexos imediatos: assim que terminou a segunda guerra mundial, tanto as economias de vencedores como de vencidos se reorganizaram na Europa e na Ásia, fazendo cessar novamente as atividades nos velhos e ineficientes seringais da Amazônia.

terça-feira, julho 21, 2009

A CABANAGEM

A Cabanagem (1835-1840) foi a revolta na qual negros, índios e mestiços se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder no Pará (Brasil). Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil.

De cunho popular, contou com a participação de elementos das camadas média e alta da região, entre os quais se destacam os nomes do padre João Batista Gonçalves Campos, do jornalista Vicente Ferreira Lavor Papagaio[1].

Índice [esconder]
1 Origem do nome
2 História
2.1 O movimento
3 Referências
4 Ver também
5 Bibliografia



Origem do nome
A denominação "Cabanagem" remete ao tipo de habitação da população ribeirinha, constituída por mestiços, escravos libertos e indígenas.


História
Após a Independência do Brasil, a Província do Grão-Pará mobilizou-se para expulsar as forças reacionárias que pretendiam manter a região como colônia de Portugal. Nessa luta, que se arrastou por vários anos, destacaram-se as figuras do cônego e jornalista João Batista Gonçalves Campos, dos irmãos Vinagre e do fazendeiro Félix Clemente Malcher. Formaram-se diversos mocambos de escravos foragidos e eram freqüentes as rebeliões militares. Terminada a luta pela independência e instalado o governo provincial, os líderes locais foram marginalizados do poder. A elite fazendeira do Grão-Pará, embora com melhores condições, ressentia-se da falta de participação nas decisões do governo central, dominado pelas províncias do Sudeste e do Nordeste.

Em julho de 1831 estourou uma rebelião na guarnição militar de Belém do Pará, tendo Batista Campos sido preso como uma das lideranças implicadas. A indignação do povo cresceu, e em 1833 já se falava em criar uma federação. O presidente da província, Bernardo Lobo de Sousa, desencadeou uma política repressora, na tentativa de conter os inconformados. O clímax foi atingido em 1834, quando Batista Campos publicou uma carta do bispo do Pará, Romualdo de Sousa Coelho, criticando alguns políticos da província. Por não ter sido autorizada pelo governo da Província, o cônego foi perseguido, refugiando-se na fazenda de seu amigo Clemente Malcher. Reunindo-se aos irmãos Vinagre (Manuel, Francisco Pedro e Antônio) e ao seringueiro e jornalista Eduardo Angelim reuniram um contingente de rebeldes na fazenda de Malcher. Antes de serem atacados por tropas governistas, abandonaram a fazenda. Contudo, no dia 3 de novembro, as tropas conseguiram matar Manuel Vinagre e prender Malcher e outros rebeldes. Batista Campos morreu no último dia do ano, ao que tudo indica de uma infecção causada por um corte que sofreu ao fazer a barba.


O movimento

Eduardo Angelim, um dos líderes da revolta.Em 6 de janeiro de 1835, liderados por Antônio Vinagre, os rebeldes (tapuios, cabanos, negros e índios) tomaram de assalto o quartel e o palácio do governo de Belém, nomeando Félix Antonio Clemente Malcher presidente do Grão-Pará. A Cabanagem apenas começava. Os cabanos, em menos de um dia, atacaram e conquistaram a cidade de Belém, assassinando o presidente Lobo de Souza e o Comandante das Armas, e apoderando-se de uma grande quantidade de material bélico. No dia 7, Clemente Malcher foi libertado e escolhido como presidente da província e Francisco Vinagre para Comandante das Armas. O governo cabano não durou por muito tempo, pois o novo presidente, Félix Malcher - tenente-coronel, latifundiário, dono de engenhos de açúcar - era mais identificado com os interesses do grupo dominante derrotado, é deposto em 19 de fevereiro de 1835, com o apoio das classes dominantes e pretendia manter a província unida ao Império do Brasil.

Francisco Vinagre, Eduardo Angelim e os cabanos pretendiam se separar. O rompimento aconteceu quando Malcher mandou prender Angelim. As tropas dos dois lados entraram em conflito, saindo vitoriosas as de Francisco Vinagre. Clemente Malcher, assassinado, teve o seu cadáver arrastado pelas ruas de Belém.

Agora na presidência e no Comando das Armas da Província, Francisco Vinagre não se manteve fiel aos cabanos. Se não fosse a intervenção de seu irmão Antônio, teria entregue o governo ao poder imperial, na pessoa do marechal Manuel Jorge Rodrigues (julho de 1835). Devido à sua fraqueza e ao reforço de uma esquadra comandada pelo almirante inglês Taylor, os cabanos foram derrotados e se retiraram para o interior. Reorganizando suas forças, os cabanos atacaram Belém, em 14 de agosto. Após nove dias de batalha, mesmo com a morte de Antônio Vinagre, os cabanos retomaram a capital.

Eduardo Angelim assumiu a presidência. Durante dez meses, a elite se viu atemorizada pelo controle cabano sobre a província do Grão-Pará. A falta de um projeto com medidas concretas para a consolidação do governo rebelde, provocaram seu enfraquecimento. Diante da vitória das forças de Angelim, o império reagiu e nomeou, em março de 1836, o brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andréa como novo presidente do Grão-Pará, autorizando a guerra total contra os cabanos. Em fevereiro, quatro navios de guerra se aproximavam de Belém, prontos para atacar uma cidade tomada pela desordem, fome e varíola. No dia 13 de maio de 1836, o brigadeiro d'Andrea estacionou sua esquadra em frente a Belém e bombardeou impiedosamente a cidade. Os cabanos insurgentes escapavam pelos igarapés em pequenas canoas, enquanto Eduardo Angelim e alguns líderes negociavam a fuga.


Memorial da Cabanagem, projetado por Oscar Niemeyer.O brigadeiro d'Andrea, entretanto, julgando que Angelim, mesmo foragido, seria uma ameaça, determinou que seus homens fossem ao seu encalço. Em outubro de 1836, numa tapera da selva, ao lado de sua mulher, Angelim foi capturado, tornado prisioneiro na fortaleza da Barra, até seguir para o Rio de Janeiro. A cabanagem, porém, não acabou com a prisão de Eduardo Angelim. Os cabanos lutaram até 1840 (internados na selva), até serem literalmente exterminados: nações indígenas foram chacinadas: os murá e os mauê praticamente desapareceram.

Calcula-se que de 30 a 40% de uma população estimada de 100 mil habitantes morreu. Em 1833 o Grão-Pará tinha 119.877 habitantes; 32.751 eram índios e 29.977, negros escravos. A maioria mestiça ("cruzamento" de índios, negros e brancos) chegava a 42 mil. A minoria totalizava 15 mil brancos, onde mais da metade eram portugueses.[2]

Em homenagem ao movimento Cabano foi erguido um monumento, projetado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer, na entrada da cidade de Belém : o Memorial da Cabanagem.

REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

A Região Metropolitana de Belém, criada por Lei Complementar federal em 1973, alterada em 1995, é uma conurbação com 2.249.405 habitantes[1][2] (segundo estimativas populacionais realizadas em 2008 pelo IBGE). É a área metropolitana mais populosa da Região Norte, a décima do Brasil e a 179ª do mundo.[5]

É a décima nona região metropolitana do país em qualidade de vida, e a primeira no Norte-Nordeste.
Compreende os seguintes municípios:
Município Legislação Área (km²)
[6] População
(2008)[1][2] PIB em R$
(2005)[4]
Ananindeua LCF 14/1973 185,057 606.480 2.174.697.170
Belém LCF 14/1973 1.064,918 1.484.124 17.277.414.749
Benevides LCF 14/1973 187,868 45.616 213.531.321
Marituba LCF 14/1973 103,279 98.746 302.148.068
Santa Bárbara do Pará LCF 14/1973 278,151 14.439 36.476.037
Total 1.819,273 2.249.405 22.004.267.345


Referências
↑ 1,0 1,1 1,2 Tabela 793 – População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa. Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) (14 de novembro de 2007). Página visitada em 31 de maio de 2008.
↑ 2,0 2,1 2,2 Estimativas populacionais 2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2008). Página visitada em 1 de setembro de 2008.
↑ Ranking decrescente do IDH-M das regiões metropolitanas do Brasil. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 31 de maio de 2008.
↑ 4,0 4,1 4,2 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 31 de maio de 2008.
↑ World Gazetteer – Welt: Ballungsräume. Página visitada em 31 de maio de 2008.
↑ IBGE, Área Territorial Oficial, Resolução nº 5 de 10 de outubro de 2002. Acessado em 26 de fevereiro de 2008.

segunda-feira, junho 15, 2009

Santa Casa cede imóvel para o instituto Arraial do Pavulagem


Alegria marca o cortejo do Arraial do Pavulagem que comemorou, no final de semana, a conquista da casa para abrigar projetos do instituto. O casarão do Arraial, que foi cedido pelo governo, por meio da Santa Casa do Pará, fica em frente a Praça dos Estivadores

Governo cede imóvel da Santa Casa ao Arraial do Pavulagem


Em 22 anos de existência, pela primeira vez, o Arraial do Pavulagem terá sede própria.
O anúncio da cessão de um imóvel da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) ao Instituto Arraial do Pavulagem foi feita na manhã deste domingo, 14, na Praça da República, durante o show que finalizou o primeiro Arrastão do Pavulagem.

O presidente da Santa Casa, Maurício Bezerra, anunciou o repasse do imóvel, localizado de frente para a Praça dos Estivadores, próximo a Estação das Docas. A cessão será oficializada pelo governo estadual com publicação no Diário Oficial, prevista para a próxima terça-feira, 16.

Para o presidente da Santa Casa, a ação mostra o interesse do governo de fortalecer a cultura popular no Pará. "O Arraial do Pavulagem é um instituto de reconhecido valor cultural para o estado. Para a Santa Casa, como uma instituição tricentenária no Pará, é um orgulho poder apoiar um trabalho tão importante, que visa além do folclore, ações que demonstram preocupação também com o meio ambiente", disse Bezerra.

O Instituto Arraial do Pavulagem promove oficinas com instrumentos de percussão, trabalhado rítmos paraenses como boi bumbá, carimbó, retumbão e mazurca e também ensina sobre o restauro e confecção de brinquedos de miriti, além de se focar para a preocupação com o meio ambiente fazendo o aproveitamento de lixo, utilizado na alegorias usadas durante os arrastões.

Para Júnior Soares, músico do Arraial do Pavulagem e integrante do Instituto, ter uma sede própria, depois de duas décadas de atuação "é a realização de um sonho".

sábado, junho 13, 2009



O que era uma simples brincadeira tornou-se no maior arrastão representativo cultural do Pará. Músicos e compositores se reuniram em uma praça com o objetivo de atrair público para suas apresentações musicais. Depois de duas décadas, o público adora, admira, canta, dança e segue o que no início ganhou o nome de Arrastão do Pavulagem. Neste domingo (14) iniciam os cortejos de 2009 do Instituto Arraial do Pavulagem.

A concentração será na Escadinha, da Estação das Docas, com roda de boi, cantorias e o tradicional arrastão do Batalhão da Estrela que irá recepcionar a chegada do mastro de São João pelas águas da Baía do Guajará. Novas canções e novos arranjos foram preparados para os festejos.

Os tradicionais arrastões juninos do Boi Pavulagem ocorrerão na Praça da República durante os domingos juninos e o primeiro domingo de julho (14,21, 28 de junho e 05 de julho).

A partir das 9h da manhã começam as apresentações musicais do Batalhão da Estrela e de Grupos Culturais convidados, na Praça Pedro Teixeira. (local de concentração do Cortejo). O início do cortejo está previsto para as 10h e percorrerá a Avenida Presidente Vargas até a Praça da República e será finalizado com show musical da Banda Arraial do Pavulagem, no palco montado ao lado do Teatro Waldemar Henrique.

O primeiro domingo junino foi excluído para agraciar o mês de julho com a festa, assim garantem a alegria dos turistas, que chegam nesta época em Belém.

O Instituto Arraial do pavulagem é contistuído pelos músicos Júnior Soares, Ronaldo Silva, Nazareno Silva, Edgar Júnior, Marcelo Fernandes, Rafael Barros e Rubens Stanislaw.

Oficinas - Os ensaios de percussão, canto e dança são realizadas, desde o dia 15 de maio no espaço de Cultura Vanda Cardoso (sede da UNAFISCO), localizada na Praça dos Estivadores, sempre às 19h. Também ocorre no espaço, a oficina de pernas-de-pau, que tem duração de três semanas. 'As oficinas representam um momento de grande encontro de arte e cultura que valoriza a expressão de elementos simbólicos da memória e da atualidade', afirmou o produtor cultural e um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, Walter Figueredo. Além das atividades com instrumentos de percussão, que ensinam sobre os ritmos paraenses, mazurca, carimbó, boi bumbá e retumbão, o Instituto realiza ainda oficinas de restauro e confecção de brinquedos de miriti (palmeira da Amazônia) e de reaproveitamento de sucata, garrafas pet e lixo.

Ordem dos Cortejos:

•Bandeiras da abertura
•Bandeira de São João Menino
•Estandartes do boi Pavulagem e santos festeiros
•Cabeções e cavalinhos
•Bandeira do alto-mastro
•Mastros
•Bois convidados: Orube, Malhadinho, Moleque e outros.
•Boi Pavulagem e os quatro vaqueiros
•Batalhão da Estrela
•Canoa da Guiné
•Adereços
•Pernaltas
•Bandeiras da guarnição

Serviço: Arrastão do Arraial do Pavulagem. Nos dias 14, 21, 28 de junho e 05 de julho, a partir das 9h, com concentração na Escadinha da estação da Docas.

quarta-feira, junho 03, 2009

Walter Bandeira

No palco, com muita música e alegria. Assim foi velado o cantor Walter Bandeira, que morreu ontem, às 12h20, aos 67 anos, em um hospital particular de Belém. Ele havia descoberto recentemente o câncer no pulmão, em estado avançado, quadro que foi se agravando nas últimas semanas, deixando amigos e fãs preocupados.
Depois de ter sido desenganado pelos médicos na segunda-feira, ontem, Walter não resistiu. De certa forma repentina, a morte do grande intérprete paraense deixou a cidade mais triste ontem à tarde. Do hospital, o corpo foi levado para o Teatro Waldemar Henrique às 17 horas de ontem, onde foi realizada uma série de homenagens ao artista, incluindo apresentação do Coro Carlos Gomes e de artistas que dividiram o palco com ele ao longo de seus 40 anos de carreira.
O cantor será enterrado hoje no cemitério de Santa Izabel, no Guamá, às 10h30. Um palco iluminado foi montado no Waldemar Henrique para representar a alegria e o bom humor do artista. Segundo amigos, ele não queria tristeza, por isso surgiu a ideia de montar o palco durante o velório.
'O Walter não queria que ninguém chorasse. Por isso, choramos por dentro. Não é um espetáculo, na verdade é uma forma de mostrar a alegria em que o Walter sempre viveu. Não era só uma voz, um cantor, era um talento. Os amigos agradecem o fato de ter convivido com ele, que sempre foi muito disciplinado, organizado, inteligente e acima de tudo um grande profissional', disse a amiga Mônica Marques.
Foi com muita tristeza que parentes e amigos receberam a notícia da morte do cantor, que completaria 68 anos de idade no dia 31 de agosto. Após a divulgação da notícia, muitas pessoas próximas ao cantor e fãs passaram pelo hospital, na tentativa de obter informações sobre o ocorrido.
Segundo Yeye Porto, que era comadre de Walter e amiga há mais de 30 anos - o cantor era padrinho da filha de Yeye -, ele não perdeu o bom humor nem mesmo ao descobrir a gravidade da doença. Ela diz que ele ainda estava consciente e brincava até o último domingo pela manhã, quando o quadro começou a piorar e ele foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. 'Ele foi embora sereno, tranquilo e não perdeu o bom humor, que era sua forte característica', diz.
Ainda segundo ela, o cantor não se queixava de nada. Mas, a partir do momento que descobriu a doença, passou a permanecer mais tempo em casa. Ela contou que tinha acabado de sair da visita ao cantor, e aguardava um parecer do médico, quando recebeu a triste notícia da morte de Walter Bandeira.
'Ele descobriu e partiu. Tudo aconteceu muito rápido', contou. Walter Bandeira estava internado desde o dia 28 de maio, e na última semana já respirava com ajuda de aparelhos.
Ao longo da tarde de ontem, quando a notícia do falecimento de Walter Bandeira se espalhou, diversas personalidades paraenses do meio artístico e de fora dele, além de órgãos governamentais, expressaram o pesar pela perda de Walter Bandeira. A Secretaria de Cultura do Pará (Secult) emitiu uma nota de pesar onde afirmou que a cultura paraense perdia um dos seus maiores expoentes, que representou o que há de melhor na cultura paraense.
Walter é considerado um dos maiores cantores das noites de Belém, interpretando grandes compositores paraenses e nacionais. Para o secretário de Cultura Edilson Moura, o talento de Walter Bandeira ficará para sempre marcado na cultura e no imaginário da população do Pará. 'Walter deixará uma lacuna irreparável na música e no teatro paraense', afirma. 'Sua voz e sua irreverência são inigualáveis. Era essa imagem de felicidade e amor à vida que sempre será lembrada.'

Walter Bandeira

'Eu penso que ele não sabia o quanto era amado'. A frase da produtora cultural Iracema Oliveira, coordenadora do pássaro junino Tucano, sintetiza o que foi ontem à noite, no Teatro Waldemar Henrique, o começo do velório do corpo do cantor e compositor Walter Bandeira, que faleceu vítima de câncer, aos 67 anos de idade e 45 de carreira.
Artistas, lideranças políticas e professores universitários compareceram ao teatro, muito querido pelo próprio Walter, para dar adeus ao grande intérprete da música paraense, mas, também, professor de dicção e artista visual com atuação em rádio, televisão e cinema.
'Ele me dizia que a gente deve seguir na vida do jeito que achar que deve viver', afirmou a jornalista Nara Bandeira, sobrinha da Walter Bandeira.
A governadora Ana Júlia Carepa, acompanhada pelo secretário de Estado de Cultura, Edilson Moura, esteve no velório do cantor, e destacou, muito emocionada, que 'ele está gravado na história, na cultura do Pará'.
O corpo de Walter Bandeira chegou ao Teatro Waldemar Henrique às 19h30, tendo sido recebido por alunos da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (Emufpa) com músicas que Walter gostava da interpretar. O Coro da Fundação Carlos Gomes interpretou músicas sacras em francês, da preferência do cantor.
Com recitais de música, imagens do cantor projetadas em um telão e a execução do único CD gravado por Walter, o 'Guardados e Perdidos', familiares, amigos e admiradores do trabalho do cantor concentraram-se em torno do caixão colocado sobre o palco do teatro. O CD, com direção musical de Paulo José Campos de Melo e com a faixa-título tendo sido composta por Walter, foi lançado há um mês.
'O Walter não era só um crooner, porque crooner tem muitos. Ele tinha como marca o vanguardismo, de fazer coisas que ninguém, então, fazia. Ele começou cantando músicas da Tropicália, inovando no repertório em Belém', comentou o crítico musical Edgar Augusto Proença. 'Ele é um monumento da cultura paraense', afirmou a cantora Nazaré Pereira.

Walter Bandeira

segunda-feira, maio 25, 2009

SECULT lança blog

Secult cria blog para o Circuito Cultural Paraense

O endereço traz notícias, fotos e todas as informações sobre a ação. Confira.

A Secretaria de Estado de Cultura (Secult) criou um blog para a programação do Circuito Cultural Paraense 2009. O novo meio de comunicação do projeto traz notícias, programações, fotos e todas as informações sobre a preparação da ação neste ano. O endereço do blog é: http://www.circuitoculturalparaense2009.blogspot.com/. Além disso, o Circuito agora tem uma comunidade no Orkut, com acesso através do link: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=68417497.

O Circuito Cultural Paraense 2009 visa promover o encontro e a valorização de artistas locais e populares em municípios de todas as regiões paraenses, assim como divulgar a gastronomia, a música, as danças e o artesanato, além de outras tradições locais. O evento realiza também a capacitação dos artistas, que além de comercializar suas obras podem ministrar oficinas para formar novos talentos.

Em 2008, o Circuitoteve 46 municípios participantes, reunindo mais de 200 mil pessoas. Em 2009, o Circuito percorre mais cinco regiões de integração do Estado: Xingu, Lago do Tucuruí, Guamá, Capim e Carajás.

quinta-feira, maio 07, 2009

evento cultural amazônico em brasília




Recantos do Brasil - AMAZONAS






O Recantos do Brasil é uma idealização da Edilane Produções, empresa brasiliense que atua na área de organização de eventos culturais, com o objetivo de unir cultura, gastronomia e turismo de um Estado, em apenas um lugar.

“O objetivo do evento é preservar o folclore e a cultura popular brasileira. Esta é uma ação que busca promover a diversidade cultural e a identidade brasileira, privilegiando a participação de vários segmentos artísticos regionais e resgatando as manifestações tradicionais da cultura nacional”, explica a organizadora do evento, Edilane Oliveira.

O espetáculo de duas horas reúne, por meio da dança e da música, todas as riquezas da cultura amazônica, suas lendas, mitos e encantos. “A apresentação será conduzida pela Cia. de Dança Encanto Vermelho, que trabalha com músicas dos repertórios oficiais dos Bois Bumbas Caprichoso e Garantido de Parintins, além de apresentar composições próprias. A produção do espetáculo, as coreografias, os efeitos especiais, as fantasias, o cenário e o figurino foram exclusivamente criados pelo artista Fernando Maia”, comenta Edilane.

O projeto visa estimular o turismo de eventos do Distrito Federal, bem como promover um grande intercâmbio cultural e turístico com os demais estados brasileiros, por meio da divulgação da diversidade cultural e geográfica, da culinária e dos hábitos e costumes do povo brasileiro. “Continuamos com o objetivo de apresentar música, dança, culinária e folclores característicos dos Estados homenageados. Desta vez, queremos proporcionar uma viagem para uma das regiões mais ricas e bonitas do País e de todo o mundo”, considera a produtora.
O Recantos do Brasil - Etapa Amazonas é realizado pela Edilane Produções, com o patrocínio da Petrobrás, BrasíliaTur, Governo do Distrito Federal (GDF) e Ministério do Turismo. E recebe o apoio da Proativa Comunicação, Mens Sana Clínica de Estética e Lord Perfumaria.


INFORMAÇÕES:


O que: Recantos do Brasil – Etapa Amazonas.
Quem promove: Edilane Produções
Quando: 9 de maio de 2009, sábado, às 20 horas.
Quanto: meia-entrada - R$ 50 (área VIP), R$ 40 (área especial) e R$ 30 (superior).
Vendas: Lord Perfumaria - Conjunto Nacional, ParkShopping e Brasília Shopping.
Onde: Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília
Patrocinadores: Petrobrás, BrasíliaTur, Governo do Distrito Federal (GDF) e Ministério do Turismo.
Apoio: Proativa Comunicação, Mens Sana Clínica de Estética e Lord Perfumaria.

Quem sou eu

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Claudio Junior, divorciado, 46 anos, uma filha a qual é minha vida, estou criando este blog para divulgar um pouco da minha tapiocaria e nossos produtos. As tapiocas do papai já são um sucesso devido sua qualidade e sabor, prove e comprove